Alguns filmes chegam aos cinemas com grande expectativa, mas rapidamente são soterrados por críticas negativas, polêmicas e escolhas criativas questionáveis. Esse é o caso de Emilia Pérez (2024), filme que teve 13 indicações para o Oscar 2025, mas teve sua campanha prejudicada por controvérsias ligadas à protagonista, pela falta de representatividade mexicana e reprodução de estereótipos. Outros filmes como A Garota de Miller (2024) e 365 Dias (2020) foram criticados por romantizar relações abusivas. Estes e outros títulos podem ser vistos em streamings como Netflix, Amazon Prime Video e Max (antiga HBO Max).
Esses filmes mostram que nem sempre o hype inicial e grandes nomes na direção e elenco garantem um legado duradouro. Pensando nisso, o TechTudo separou uma lista com 10 filmes que mal estrearam, mas já estão cancelados. Em cada item, confira informações sobre elenco, enredo e repercussão.
É Assim Que Acaba é uma adaptação da obra homônima da autora Colleen Hoover — Foto: Reprodução/IMDb Na lista feita pelo TechTudo, você encontrará as seguintes produções:
O filme musical francês estrelado por Karla Sofía Gascón (Rebelde), Zoe Saldaña (Avatar) e Selena Gomez (Only Murders in the Building) conta a história de Rita (Zoe Saldaña), uma advogada insatisfeita com sua carreira que recebe uma proposta inusitada: ajudar um chefe de cartel mexicano a desaparecer e viver como sempre sonhou. Juan Del Monte, o temido criminoso, deseja realizar sua transição de gênero, forjar a sua morte e retornar como Emilia Pérez. Anos se passam e Emilia procura novamente Rita com um novo trabalho. Elas se juntam e montam uma ONG para encontrar os desaparecidos pelo narcotráfico.
Dirigido por Jacques Audiard (O Profeta) e escrito em parceria com Thomas Bidegain (Suddenly) e Léa Mysius (Os Cinco Diabos), o filme dividiu opiniões devido às polêmicas em que está envolvido. O longa foi acusado de representar o México de forma estereotipada, além de usar a identidade trans da protagonista como ferramenta de redenção. O espanhol falado no filme também foi criticado, uma vez que o filme possuía um número pequeno de atrizes mexicanas. A trilha sonora e músicas também foram alvos de questionamento, por sua falta de harmonia, e o uso de inteligência artificial para melhorar o alcance vocal. Por fim, o filme foi envolvido em polêmicas devido a falas com teor xenofóbico dadas por Karla Sofía Gascón e por Jacques Audiard. Emilia Pérez possui 72% de aprovação da crítica contra 16% do público no Rotten Tomatoes e nota 5,5 no IMDb. O filme, que está nos cinemas, possui 13 indicações no Oscar 2025.
Atrizes não mexicanas deram o tom da polêmica em Emilia Pérez, um longa que se passa no país latino — Foto: Reprodução/The Movie Database 2. A Garota de Miller (2024)
Dirigido e roteirizado por Jade Halley Bartlett (Doutor Estranho no Multiverso da Loucura), o longa acompanha Cairo Sweet (Jenna Ortega), uma jovem escritora envolvida em um projeto literário desafiador proposto por seu professor Jonathan Miller (Martin Freeman). Entretanto, o que inicialmente era uma orientação acadêmica se transforma em um complexo relacionamento que ultrapassa barreiras éticas.
Estrelado por Jenna Ortega (Wandinha) e Martin Freeman (O Hobbit), o longa foi acusado de romantizar relações abusivas ao mostrar o relacionamento entre a aluna e o professor, com 31 anos de diferença. À Vanity Fair, Jenna defendeu dizendo que se trata de uma obra de arte e “não é para ser um filme confortável”. “A arte nem sempre é agradável ou feliz; todos nós passamos por experiências difíceis em algum momento”. O filme conquistou míseros 30% de aprovação no Rotten Tomatoes e nota 5,2 no IMDb. Ele está disponível na Amazon Prime Video.
A Garota de Miller é um dos grandes lançamentos do Prime Video em setembro — Foto: Reprodução/IMDb 3. É Assim Que Acaba (2024)
Dirigido por Justin Baldoni (Jane the Virgin) e escrito por Christy Hall (I Am Not Okay With This), o longa adapta o best-seller homônimo de Colleen Hoover (Naughty Books), que está creditada como co-roteirista. Lily Bloom, interpretada por Blake Lively (Gossip Girl), é uma florista que tenta recomeçar a vida em Boston após uma infância traumática. Lá, ela se apaixona por Ryle Kincaid (Justin Baldoni), um neurocirurgião carismático, mas o relacionamento se torna conturbado quando antigos traumas ressurgem. A chegada de Atlas Corrigan, vivido por Brandon Sklenar (Vice), seu primeiro amor, faz com que Lily a reavalie suas escolhas e encontre forças para o seu futuro.
O que começou como um presente aos fãs dos livros, no entanto, se tornou uma produção repleta de polêmicas. Rumores de desentendimentos entre Blake Lively e Justin Baldoni surgiram após o diretor se afastar das divulgações finais do filme. A atriz entrou com um processo contra o diretor, alegando assédio sexual durante as filmagens. Além disso, Lively foi criticada por promover sua marca de cosméticos durante a turnê de divulgação, desviando o foco da temática de violência doméstica do filme. O filme não foi aclamado pela crítica, somando míseros 55% de aprovação no Rotten Tomatoes e nota 6,4 no IMDb. Ele está disponível na Max, antiga HBO Max.
É Assim Que Acaba, com Blake Lively, está em cartaz nos cinemas brasileiros — Foto: Reprodução/IMDb Dirigido por Francis Ford Coppola (O Poderoso Chefão), o longa se passa na fictícia cidade de Nova Roma, em que o arquiteto Cesar Catilina (Adam Driver) luta para transformar a cidade em uma utopia sustentável após um desastre. No entanto, seus ideais colidem com os interesses do conservador prefeito Franklyn Cicero (Giancarlo Esposito), um governante corrupto e ganancioso. No centro do conflito está Julia Cicero (Nathalie Emmanuel), filha do prefeito, que vive o dilema de ser leal à família ou ao grande amor da sua vida.
Estrelado por Adam Driver (Casa Gucci), Giancarlo Esposito (Breaking Bad) e Nathalie Emmanuel (The Killer), o filme acabou enrolado em polêmicas. Um vídeo dos bastidores compartilhado pela Variety mostra Coppola beijando e apalpando figurantes sem consentimento durante as filmagens. A reportagem afirma que o diretor avisou que faria isso "para seu próprio prazer". Coppola, no entanto, negou as acusações. O longa recebeu 45% de aprovação no Rotten Tomatoes e nota 4,7 no IMDb. Ele não está disponível em nenhuma plataforma de streaming.
Megalopolis foi atrapalhado por polêmicas nos bastidores — Foto: Divulgação/IMDb 5. O Que Jennifer Fez? (2024)
O documentário de true crime remonta o caso de Jennifer Pan, condenada por planejar o assassinato dos pais em 2010, no Canadá. Dirigido e roteirizado por Jenny Popplewell (Head Over Heels in Rats), o longa detalha o crime que ocorreu após três homens armados invadiram a casa da família Pan, resultando na morte da mãe, Bich Ha Pan, e na hospitalização grave do pai, Huei Hann Pan. A filha foi foi considerada culpada por homicídio em primeiro grau e tentativa de assassinato em 2014, sendo condenada à prisão perpétua sem direito à liberdade condicional por 25 anos.
O que parecia mais um longa para os aficionados em true crime, no entanto, se tornou alvo de polêmicas envolvendo o uso de imagens geradas por inteligência artificial. É possível ver distorções em várias fotos de Jennifer, como mãos deformadas e objetos em posições irreais. O uso de fotos alteradas em um documentário de true crime acabou levantando polêmica sobre manipulação da narrativa e da percepção do público sobre um crime real. O longa documental teve uma recepção morna com 55% de aprovação no Rotten Tomatoes e nota 6,1 no IMDb. Ele está disponível na Netflix.
O Que Jennifer Fez? é um documentário baseado em fatos reais sobre o assassinato de um casal — Foto: Reprodução/Netflix O filme escrito por Gabriel Sherman (Independence Day: O Ressurgimento) e dirigido por Ali Abbasi (Holy Spider) conta os anos iniciais do surgimento de um dos homens mais polêmicos dos Estados Unidos: Donald Trump. A trama acompanha o presidente norte-americano nos primeiros anos da carreira no mercado imobiliário de Nova York durante as décadas de 1970 e 80, focando na relação de aprendizado entre Trump, interpretado por Sebastian Stan (Capitão América 2: O Soldado Invernal), e Roy Cohn, vivido por Jeremy Strong (Succession), influente advogado conhecido por ter estratégias agressivas.
O filme não visa ser uma representação “chapa-branca” do magnata, com a abordagem de episódios controversos da vida de Trump, incluindo alegações de agressão sexual e o uso de anfetaminas. Além disso, a controvérsia aumentou quando investidores tentaram barrar o lançamento após perceberem o tom crítico do roteiro em pleno ano eleitoral americano. Trump chegou a atacar publicamente o roteirista Gabriel Sherman e o diretor Ali Abbasi, acusando-os de fabricar histórias falsas. Disponível para aluguel na Claro TV+, Amazon Prime Video e Apple TV+, o longa conseguiu 83% de aprovação da crítica no Rotten Tomatoes, enquanto no IMDb obteve nota 7,1, além de duas indicações no Oscar.
O Aprendiz recebeu críticas por, supostamente, criar histórias falsas sobre Donald Trump — Foto: Divulgação/IMDb Dirigido por Andrew Dominik (O Homem da Máfia) e escrito em parceria com Joyce Carol Oates (Conversa Suave), o longa visa reimaginar a vida de Marilyn Monroe, interpretada por Ana de Armas (Entre Facas e Segredos). Baseado no livro homônimo de Joyce Carol Oates, o filme mostra a infância conturbada de Norma Jeane, sua ascensão ao estrelato e os conflitos internos que surgem a partir do momento em que a persona Marilyn Monroe alcança o estrelato.
O filme, no entanto, foi detonado por reforçar a hipersexualização da atriz e recebeu acusações de misoginia por parte do público e críticos. Além disso, a classificação indicativa para maiores de 18 anos nos Estados Unidos foi questionada pela protagonista em entrevista à L'Officiel, que considerou a censura excessiva. A controvérsia aumentou após declarações do diretor, que minimizou o legado artístico de Marilyn, afirmando não ter interesse em retratar sua força pessoal e ainda criticou clássicos estrelados pela atriz, chamando-os de "exibições de vadias bem vestidas", em entrevista à jornalista Christina Newland. O filme recebeu uma recepção mista, com 42% de aprovação da crítica no Rotten Tomatoes e nota 5,5 no IMDb, mas com uma indicação para Ana de Armas no Oscar. Ele está disponível na Netflix
Ana de Armas interpreta Marilyn Monroe em Blonde, cinebiografia da Netflix — Foto: Reprodução/JustWatch O longa dirigido por Alex Garland (Ex Machina: Instinto Artificial) se passa em um futuro distópico em que os Estados Unidos entrou em uma guerra civil separatista. A trama acompanha um grupo de quatro jornalistas, interpretados por Kirsten Dunst (Homem-Aranha), Wagner Moura (Tropa de Elite), Cailee Spaeny (Priscilla) e Stephen Henderson (Duna), que pegam a estrada em uma corrida contra o tempo para chegar à Casa Branca antes que forças separatistas tomem o poder e matem o presidente. Entretanto, em meio à guerra que assola o país, a viagem até a capital será extremamente perigosa.
Apesar do sucesso, Guerra Civil gerou controvérsias por parte do público pelo retrato sombrio da política americana e por acender discussões sobre a possibilidade real de um conflito interno, mas de uma forma considerada politicamente “isenta”. Críticos consideraram a obra provocativa, enquanto outros a acusaram de sensacionalismo ao explorar a guerra. Outro ponto discutido foi o uso de inteligência artificial nos cartazes do filme, com cenas de monumentos dos Estados Unidos tomados pela guerra, mas que não estão no longa. A produção foi bem recebida pela crítica com 81% de aprovação no Rotten Tomatoes e nota 7 no IMDb. Ela está disponível para os assinantes da Max.
Wagner Moura e Kirsten Dunst atuam juntos em Guerra Civil, segunda maior bilheteria da A24 — Foto: Reprodução/The Movie Database Dirigido por Barbara Białowąs e Tomasz Mandes, o longa é um filme erótico polonês que ganhou muita repercussão na época de estreia — o que lhe garantiu duas sequências e semanas dentre os "mais assstidos" da Netflix. Baseado no livro de Blanka Lipińska, o longa acompanha Massimo (Michele Morrone), chefe da máfia siciliana, que sequestra Laura (Anna-Maria Sieklucka) e lhe dá 365 dias para se apaixonar por ele.
Estrelado por Michele Morrone (Alice: Subservience) e Anna-Maria Sieklucka (Compulsion), o que não falta no filme são polêmicas. O longa foi criticado devido ao modo como aborda sequestro, abuso e consentimento. Sobreviventes de violência sexual, como a cantora Duffy, acusaram o filme de glamorizar o tráfico sexual e o estupro, solicitando a remoção da plataforma. A repercussão negativa resultou em petições online e críticas por parte de ativistas, que argumentam que a narrativa romantiza relacionamentos abusivos e distorce a gravidade de crimes reais, uma vez que o longa sexualiza o sequestro que é feito por um homem tido como sensual e bonito. No Rotten Tomatoes, o filme recebeu 0% de aprovação dos críticos, enquanto no IMDb acumula nota 3,3. Ele está disponível na Netflix.
365 Dias é baseado em uma série de livros — Foto: Divulgação/Netflix Dirigido por Darren Aronofsky (Cisne Negro) e escrito por Samuel D. Hunter (My America), o longa acompanha Charlie, protagonizado por Brendan Fraser (A Múmia), um professor de inglês recluso que vive com obesidade severa e tenta se reconectar com Ellie (Sadie Sink), sua filha adolescente distante, em busca de redenção. O filme ainda conta com Sadie Sink (Stranger Things) no papel de Ellie e Hong Chau (Pequena Grande Vida) como Liz, a amiga e enfermeira de Charlie.
O filme foi bem recebido pela crítica, principalmente pela interpretação de Brendan, que lhe rendeu o Oscar de Melhor Ator. Entretanto, o longa foi alvo acusado de gordofobia. A escolha de usar um "fat suit" — uma roupa que e maquiagem que imitam o biotipo de uma pessoa gorda — em Fraser e o foco em cenas que exploram a compulsão alimentar do personagem foram apontados como escolhas que transformam a obesidade em espetáculo, em vez de tratar o tema com sensibilidade. Com 64% de aprovação no Rotten Tomatoes e uma nota 7,6 no IMDb, o longa está disponível na Netflix.
Brendan Fraser ganhou o Oscar de Melhor Ator pelo papel — Foto: Divulgação/A24 🎥6 filmes brasileiros indicados ao oscar que você precisa assistir
6 filmes brasileiros indicados ao oscar que você precisa assistir

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9 meses atrás
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