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21 anos do Facebook: 7 fatos que marcaram a história da rede social

O Facebook completa 21 anos nesta terça-feira (4). A rede social de Mark Zuckerberg , que deu origem à big tech Meta, foi lançada em 4 de fevereiro de 2004, inicialmente para conectar estudantes da Universidade de Harvard. Ao longo do tempo, diferentes novidades marcaram a história da plataforma, desde a introdução do feed de notícias, até a implementação de funcionalidades como jogos. No entanto, a trajetória do Facebook também foi marcada por controvérsias. Um dos escândalos mais notórios foi o caso da Cambridge Analytica, que levantou preocupações significativas sobre a segurança dos dados dos usuários.

Outro momento marcante na história da Meta foi a criação da inteligência artificial (IA), a Meta AI, lançada em 2024 para integrar todas as suas plataformas, como WhatsApp, Instagram e Facebook. Já o ano de 2025 começou com muitas mudanças na empresa, que descontinuou seu programa de verificação de informações e alterou políticas de moderação de conteúdo, em mais uma decisão polêmica de Zuckerberg. Nas próximas linhas, relembre sete fatos que marcaram a história da rede social.

 Mariana Saguias/TechTudo Facebook completa seus 21 anos após muitas mudanças na rede social; relembre trajetória — Foto: Mariana Saguias/TechTudo

Uma das primeiras mudanças que marcaram o Facebook foi a adoção do feed de notícias, lançado em 2007. O recurso passou a exibir, em ordem cronológica, os conteúdos adicionados ao perfil e as atividades dos usuários dentro da rede social. O feed de notícias introduziu o formato de linha do tempo, a famosa timeline, que eliminou a necessidade de visitar o perfil de cada pessoa para saber suas atualizações. Com o passar dos anos, o feed de notícias se tornou uma ferramenta essencial para a interação social online, permitindo que os usuários curtam, comentem e compartilhem conteúdos facilmente. Inclusive, o feed não apenas facilitou a interação social, como também transformou o Facebook em uma das plataformas mais influentes do mundo.

 Melissa Cruz/TechTudo Feed de notícias do Facebook exibe atualizações dos usuários — Foto: Melissa Cruz/TechTudo

Os jogos do Facebook começaram a ganhar popularidade com o lançamento de títulos como FarmVille, em 2009, que permitiu aos usuários cultivar e gerenciar suas próprias fazendas virtuais. Esse marco transformou a rede social, tornando a incorporação de jogos um aspecto distintivo do Facebook. Em 2010, após essa inovação, a plataforma alcançou 500 milhões de usuários e realizou uma reformulação do seu layout para dispositivos móveis, otimizando a experiência para jogos. No ano de 2012, o Facebook já contava com 350 milhões de aplicativos disponíveis e mais de 1 milhão de usuários ativos. Atualmente, o Facebook continua a investir em novas funcionalidades e melhorias para os jogos, como a incorporação de inteligência artificial e realidade aumentada, para criar experiências mais imersivas.

 Reprodução/Facebook Após incorporação de jogos, o Facebook alcançou 500 milhões de usuários — Foto: Reprodução/Facebook

3. Compra do Instagram e do WhatsApp

A compra do Instagram e do WhatsApp pelo Facebook (agora Meta) foi uma das maiores aquisições da história das redes sociais. Mark Zuckerberg anunciou a compra do Instagram por US$ 1 bilhão em abril de 2012. Na época, a rede de fotos ainda era uma plataforma relativamente nova, mas que já representava uma concorrência para o Facebook. Desde então, o Instagram introduziu novas funcionalidades, como os Stories e os Reels.

Cerca de dois anos depois da compra do Instagram, em fevereiro de 2014, o Facebook adquiriu o WhatsApp por impressionantes US$ 19 bilhões. Após isso, o WhatsApp introduziu recursos como chamadas de voz e vídeo, entre outros. Ambas as aquisições tinham, desde o início, o objetivo de integrar o WhatsApp e o Instagram ao ecossistema da Meta, fortalecendo a presença da empresa no mercado de mensagens instantâneas e redes sociais.

Outro evento marcante na história do Facebook foi o caso Cambridge Analytica, um dos maiores escândalos de privacidade de dados nas redes sociais. Em 2018, foi revelado que a empresa britânica de consultoria política Cambridge Analytica havia coletado dados pessoais de até 87 milhões de usuários do Facebook sem o consentimento deles. Os dados foram utilizados para criar perfis psicológicos e direcionar anúncios políticos durante a eleição presidencial dos Estados Unidos em 2016. A coleta de dados foi realizada através do aplicativo "This Is Your Digital Life", que não apenas coletou informações dos usuários que o utilizavam, mas também de seus amigos, o que expôs uma grande falha de privacidade no Facebook. Além de uma queda significativa no valor das ações do Facebook, o caso resultou em investigações e multas.

 Reprodução/Jim Watson/AFP Mark Zuckerberg presta esclarecimentos no Congresso americano — Foto: Reprodução/Jim Watson/AFP

A criação da Meta também marcou um novo capítulo no Facebook. Em outubro de 2021, a empresa anunciou a mudança de nome para Meta, refletindo sua visão de construir o metaverso, um espaço virtual coletivo compartilhado. Essa transformação não foi apenas uma mudança de nome, mas também uma renovação da imagem da empresa, que enfrentava controvérsias relacionadas à privacidade de dados e práticas comerciais. Hoje, a Meta inclui plataformas populares como Facebook, Instagram, WhatsApp e Threads.

 Getty Images Lançamento da Meta buscou afastar a empresa das polêmicas anteriores — Foto: Getty Images

A Meta AI, inteligência artificial desenvolvida pela Meta, foi lançada no Brasil em outubro de 2024, para rivalizar com IA's generativas como o ChatGPT e o Gemini. Essa ferramenta está integrada a todas as redes sociais da empresa. Segundo a Meta, o objetivo da IA é facilitar a interação dos usuários com as plataformas, proporcionando uma experiência mais integrada e útil. Entre as principais características da Meta AI, estão a personalização, recomendações, geração de imagens e integração com pesquisa. A ferramenta conta também com uma memória que armazena detalhes sobre os usuários, como preferências e interesses, permitindo fornecer respostas mais assertivas e personalizadas.

 Victor Bastos/TechTudo Meta AI foi lançada no Brasil em outubro de 2024 — Foto: Victor Bastos/TechTudo

Em janeiro de 2025, a Meta anunciou o encerramento do seu programa de checagem de fatos e implementou mudanças nas políticas de moderação de conteúdo em suas plataformas. A mudança foi vista como uma aproximação entre Zuckerberg e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e gerou repercussão negativa pelo mundo.

Fundado em 2016 após o Facebook ser acusado de propagar fake news em meio às eleições presidenciais americanas, o programa de checagem de fatos fazia a verificação de informações imprecisas compartilhadas nas redes sociais da empresa. No entanto, segundo Zuckerberg, o programa estava falho e enviesado, provocando "censura", por isso, foi descontinuado nos Estados Unidos, e, em breve, será interrompido no restante do mundo. A ideia é substituir o programa por um sistema de "Notas da Comunidade", no qual os próprios usuários, e não profissionais qualificados, denunciam e adicionam correções a publicações, similar ao modelo adotado pelo X (antigo Twitter).

 Arte/TechTudo Mark Zuckerberg anunciou fim do sistema de checagem de fatos da Meta em janeiro de 2025 — Foto: Arte/TechTudo

Além disso, a big tech também fez alterações significativas em suas políticas de moderação de conteúdo. Sob o pretexto de garantir mais liberdade de expressão, a empresa permitirá que usuários utilizem linguagens ofensivas e desumanizadoras contra grupos marginalizados, como mulheres, imigrantes, negros e LGBTQIAP+.

Por fim, a empresa ainda afirmou que vai voltar a distribuir conteúdo político a partir de seus algoritmos. Desde 2021, após as diversas polêmicas envolvendo o tema, a Meta havia reduzido o alcance de "conteúdos cívicos".

Veja também: Como desativar a Meta AI do WhatsApp?

Como desativar a Meta AI do WhatsApp?

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