7 coisas que nunca te contaram sobre a Apple, mas você precisa saber agora

Apesar da popularidade, o grande público desconhece muitas histórias curiosas sobre a Gigante da Maçã, que já tomou decisões inusitadas no início e obteve conquistas que mudaram os rumos da economia global. A seguir, o TechTudo lista sete curiosidades que mostram lados pouco explorados da empresa — e que vão mudar a forma como você a enxerga.

O TechTudo reuniu, em sete tópicos, informações surpreendentes sobre a Apple. No índice a seguir, confira todos os assuntos que serão abordados ao longo desta matéria.

Além de Steve Jobs e Steve Wozniak, a Apple teve um terceiro cofundador: Ronald Wayne. Considerado o “adulto responsável” do trio, ele ajudou a redigir o primeiro contrato da empresa, criou o primeiro logotipo e elaborou o manual do Apple I. No entanto, Wayne era avesso a riscos financeiros e, apenas 12 dias após a fundação, decidiu sair da sociedade.

Para isso, vendeu sua participação de 10% por apenas US$ 800, valor que, hoje, representaria bilhões de dólares. Mesmo com o crescimento extraordinário da Apple, Wayne afirma que não se arrepende da decisão. Segundo ele, não havia como prever o futuro da empresa, e a atitude fora tomada com base no que ele sabia na época. De qualquer forma, o gesto se tornou um dos maiores “e se?” da história corporativa.

Antes de se tornar sinônimo de design minimalista, a Apple teve um logotipo complexo e bastante rebuscado. Criado por Ronald Wayne em 1976, o desenho retratava Isaac Newton sentado sob uma macieira, fazendo referência à famosa história da descoberta da gravidade. A imagem incluía, ainda, uma citação do poeta William Wordsworth.

No entanto, Steve Jobs achou o visual antiquado e difícil de aplicar em embalagens e dispositivos. Por isso, no ano seguinte, encomendou um novo design ao artista Rob Janoff. Surgia, então, a icônica maçã mordida, originalmente colorida com as cores do arco-íris. O símbolo atravessou décadas e se consolidou como um dos logotipos mais reconhecidos do mundo.

O Apple I foi o primeiro computador vendido pela empresa e teve um preço, no mínimo, curioso: US$ 666,66. Embora o número tenha alimentado teorias conspiratórias por se associar ao “número da besta”, a explicação é bem mais simples. Steve Wozniak, responsável pela criação do aparelho, gostava de dígitos repetidos e achou o valor visualmente interessante.

O preço também refletia a margem de lucro. Com um custo de produção de US$ 500, a Apple adicionou uma margem de 30%. A loja Byte Shop foi a primeira a comprar 50 unidades do Apple I, dando o pontapé inicial na jornada da empresa. Hoje, exemplares originais são itens de colecionador e podem valer centenas de milhares de dólares.

Durante anos, a Apple acumulou mais dinheiro em caixa do que o próprio governo dos Estados Unidos. Em 2022, a empresa tinha quase US$ 160 bilhões em reservas líquidas, superando os US$ 49 bilhões disponíveis para o Tesouro norte-americano naquele período. A comparação é polêmica, mas revela a impressionante força financeira da marca.

Vale lembrar que boa parte desse montante estava investido em títulos do governo, como os Treasuries, considerados ativos de alta liquidez. Por outro lado, o governo americano pode “criar” dinheiro, literalmente, por meio do Federal Reserve, o que torna a comparação simbólica. Ainda assim, o feito mostra o quanto a Apple se tornou um verdadeiro império.

O iPod mudou a forma como ouvimos música, mas sua criação passou por diversos obstáculos. Tony Fadell, criador do conceito, apresentou o projeto a outras empresas antes de chegar à Apple. Tanto a RealNetworks quanto a Philips recusaram a ideia de um reprodutor de MP3 com loja digital integrada — algo revolucionário na época.

Foi Steve Jobs quem enxergou o potencial e decidiu apostar no projeto. A Apple contratou Fadell como consultor, e o time trabalhou intensamente até chegar ao protótipo final. O sucesso do iPod não só consolidou a Apple no mercado de entretenimento como abriu caminho para o lançamento do iPhone em 2007, iniciando uma nova era da tecnologia móvel.

Pouca gente sabe, mas a Apple também já se aventurou no mundo da moda. Em 1986, a empresa lançou a Apple Collection, uma linha de roupas e acessórios que incluía camisetas, bonés, bolsas e até pranchas de surfe, sempre com o logo colorido da maçã. A coleção refletia um espírito mais despojado e ousado, diferente do visual minimalista atual.

Apesar da proposta divertida, a linha não fez tanto sucesso e logo foi descontinuada. Hoje, as peças da Apple Collection viraram itens de colecionador entre fãs da marca. Ainda que não tenha emplacado na moda, a experiência mostra como a Apple sempre buscou explorar diferentes caminhos para se conectar com seu público.

Em 2018, a Apple se tornou a primeira empresa privada a atingir um valor de mercado de US$ 1 trilhão. O feito aconteceu 42 anos após sua fundação e simbolizou uma virada definitiva após décadas de altos e baixos. O marco foi alcançado sob a liderança de Tim Cook, que assumiu o comando da empresa em 2011, após a morte de Steve Jobs.

Desde então, o valor da Apple só cresceu: a empresa chegou a ultrapassar os US$ 3 trilhões em 2022 e figura entre as marcas mais valiosas do mundo, rivalizando com Microsoft, Amazon e Google. A façanha mostra não somente o poder de seus produtos, mas também sua habilidade de se reinventar e liderar tendências no mercado global.