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A semana no mercado: pacotes fiscais anulam recordes da Bolsa, e dólar cai

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No acumulado do ano até o dia 19 de maio, a entrada de estrangeiros na Bolsa havia alcançado R$ 15 bilhões. "Com a perspectiva de que o ciclo de alta dos juros tenha chegado ao fim e que o próximo passo seja o corte, os investidores compraram ações agora para ganhar quando essas empresas faturarem mais, com juros menores", disse Gustavo Mendonça, especialista da Valor Investimentos.

Virada negativa

Mas tudo mudou na quarta-feira. Naquele dia, o pacote que reestrutura a política fiscal americana avançou na Câmara dos Deputados dos Estados Unidos. Ele acabou sendo aprovado na quinta-feira (22). Além de ampliar gastos com segurança de fronteira, as medidas retomam e aumentam cortes de impostos aprovados em 2017, no primeiro mandato do presidente Donald Trump.

O pacote adiciona cerca de US$ 3,8 trilhões à dívida federal ao longo da próxima década, segundo o Escritório de Orçamento do Congresso (CBO). A relação dívida/PIB, que já está em 124%, pode chegar a 125% até 2035, patamar mais alto desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Soma-se a isso o rebaixamento da nota de crédito dos EUA pela Moodys,

Tudo isso influenciou a Bolsa aqui porque, neste cenário, os investidores internacionais preferiram se proteger a correr riscos. Sendo assim, acabaram tirando o dinheiro de investimentos mais arriscados, como as bolsas emergentes, e foram para os "Treasuries". O Tesouro Americano (títulos de dívida emitidos pelo governo dos EUA) já vinha subindo nos últimos dias e agora ampliou as altas.

Na quinta, o caldo entornou de vez, com a divulgação de medidas fiscais em Brasília. "Inicialmente houve boa recepção sobre a contenção de R$ 31,3 bilhões no orçamento de 2025. Mas, em seguida, o mercado digeriu mal a informação sobre um possível aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para cumprir o arcabouço fiscal", disse Alexsandro Nishimura, economista da Nomos. Os investimentos de pessoas físicas no exterior, que atualmente têm alíquota de 1,1%, passariam a ter 3,5%. As transferências para aplicações de fundos nacionais no exterior passariam a ter alíquota de 3,5% também, contra zero atualmente.

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