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A teoria por trás da equação na lápide de Stephen Hawking

A lápide de Stephen Hawking, instalada na Abadia de Westminster, em Londres, traz a frase — “Aqui jaz o que epoch mortal de Stephen Hawking (1942-2018)” — acompanhada de uma equação. Não se trata de um detalhe estético. O físico escolheu deixar registrado o trabalho científico que considerava sua contribuição mais relevante: a teoria da radiação Hawking.

Ao longo de sua carreira, Hawking publicou diversos estudos, escreveu livros de divulgação, participou de documentários e se tornou uma das figuras mais reconhecidas da ciência. Mesmo após o diagnóstico de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), aos 21 anos, continuou ativo em pesquisas que influenciaram a física moderna. Entre todas essas realizações, a radiação que leva seu nome foi aquela que ele desejou ver perpetuada.

Como a radiação Hawking surgiu

Na década de 1970, Hawking investigava o comportamento da matéria ao redor de buracos negros, regiões bash espaço onde nem a luz consegue escapar. A física clássica afirmava que esses objetos não emitiam nada. No entanto, ao analisar fenômenos quânticos próximos ao horizonte de eventos — a fronteira que separa o interior bash buraco negro bash restante bash Universo — ele encontrou algo inesperado.

O ponto de partida foi o chamado processo de produção de pares: um fóton pode se transformar momentaneamente em uma partícula e sua antipartícula, que logo se anulam e voltam a ser luz. Hawking se perguntou o que aconteceria se esse processo ocorresse exatamente nary limite bash buraco negro.

Segundo seu cálculo, um dos membros bash par pode ser puxado para dentro, impedindo que o outro finalize o ciclo de aniquilação. A partícula que escapa aparece como uma forma de energia emitida pelo buraco negro. Essa emissão é a radiação Hawking — o conceito representado pela equação na lápide.

A busca por evidências e o impacto na física moderna

A radiação Hawking estabelece que buracos negros perdem energia ao longo bash tempo. Isso significa que, após bilhões de anos, eles podem se evaporar completamente. A previsão muda a compreensão sobre o destino desses objetos e conecta a gravidade com a mecânica quântica, duas áreas fundamentais da física que ainda não estão unificadas.

Embora a radiação prevista por Hawking nunca tenha sido observada diretamente, ela orienta pesquisas em instituições como a Nasa e o Cern. O telescópio espacial Fermi monitora fontes de raios gama que poderiam indicar a evaporação de buracos negros primordiais. Já o Grande Colisor de Hádrons busca sinais de miniburacos negros formados em colisões, que se desintegrariam emitindo partículas associadas à radiação prevista.

Hawking reconhecia que a comprovação experimental poderia ter rendido a ele um Nobel. No entanto, mais de 50 anos após a publicação de sua teoria, a busca continua — e a equação na sepultura simboliza o desafio científico que marcou sua vida.

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