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Ações da Sabesp oscilam depois de primeiro balanço pós-privatização

O que o mercado criticou?

Os problemas começaram com o Ebitda, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização. O total ficou em R$ 2,3 bilhões, com expansão de 4,1%, e em R$ 11,3 bilhões em 2024, aumento de 18,8%. No entanto, esse valor veio 20% abaixo do que era esperado pelos analistas do mercado. "O Ebitda veio cheio de 'não recorrentes'", diz Fernando Bresciani, analista de investimentos do Andbank. Não recorrentes são despesas ou ganhos extras, que não acontecem todos os trimestres, com regularidades.

Logo após uma privatização, a empresa geralmente demite e revê contratos. Isso gera despesas com demissões e rescisões. Foi nesse quesito das despesas não recorrentes que a Sabesp não foi clara, explica Bresciani. "Mas como os números operacionais em geral foram bons, houve uma reação positiva do mercado", acrescenta ele. Se não houvesse tantas lacunas, diz ele, talvez a alta pudesse ter sido maior. Tanto é que nesta quarta-feira (26), a ação teve uma baixa, caindo 0,51%, para R$ 101,58, conforme dados preliminares.

O mercado também criticou a forma como foi divulgado o resultado do programa de demissão voluntária (PDV). O PDV teve adesão de 2.039 funcionários. "Teve pouca divulgação sobre os resultados do programa de demissão voluntária", criticou Sá.

A empresa poupou R$ 705 milhões durante o quarto trimestre relacionados às medidas de PDV. "No entanto, havia informações limitadas sobre a redução de pessoal e potenciais economias de custos", publicou o Itaú BBA. "Ficou muito mal explicado", diz Bresciani.

Ficou difícil também fazer a comparação com os outros trimestres do passado. "A divulgação foi muito poluída, com vários ajustes feitos pela empresa, tornando desafiador conciliar todos os números reportados com os números ajustados no trimestre", publicou Marcelo Sá, analista do Itaú BBA.

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