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Amanda Klein: Trapalhada do governo poderia repetir crise do Pix

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Veio então o primeiro recuo da noite, às 8h20, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, publicou nas redes sociais que não negociou nenhuma medida fiscal com o BC.

Às 11h31, depois de uma reunião de emergência no Planalto, foi publicada a nota da Fazenda com o recuo derradeiro. Após diálogo e avaliação técnica, diz a nota, o governo decidiu restaurar a alíquota zero de IOF sobre aplicações de fundos de investimento no Brasil em ativos no exterior, que havia sido elevada para 3,5% na tarde de ontem.
Amanda Klein

A repercussão negativa nas redes sociais e no pós-mercado foi imediata, observou Amanda Klein. O dólar futuro bateu R$ 5,76 perto das 18h e o Ibovespa futuro afundava 3%.

As medidas do IOF, principalmente no câmbio, foram mal recebidas por alguns motivos. Primeiro, pega a indústria de fundos inteira. Ela é toda montada com uma operação aqui e outra lá fora. Não faria o menor sentido pagar 3,5% para jogar o recurso pro exterior e depois 0,38% para voltar com recurso para o Brasil.

Resumo da ópera, o que era para ser um dia bom, com o anúncio de congelamento de gastos acima do esperado, virou uma noite trágica, com o aumento do IOF e o recuo em seguida. Fernando Haddad saiu enfraquecido e isolado. Foi desautorizado pelos próprios colegas de Esplanada que pressionaram pelo recuo depois da péssima repercussão.

Parece incrível que, primeiro, a equipe econômica não tenha mensurado de antemão o efeito derradeiro que uma medida de aumento de IOF tão abrangente teria sobre o mercado. E, segundo, tenha reforçado a pecha que este governo só taxa os brasileiros. Esse é um dos maiores 'calcanhares de Aquiles' da popularidade de Lula.
Amanda Klein

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