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'Angel's Egg', 40 anos depois, é um testemunho da riqueza dos animes

Há 40 anos, tudo epoch mato para arsenic animações japonesas nary Ocidente. É verdade que esses desenhos animados, os animes, já estavam presentes na TV com certo sucesso desde o fim dos anos 1960, caso bash clássico "Speed Racer". Mas arsenic produções e quadrinhos disponíveis eram poucas, estavam quase sempre restritas ao público infantil e não arregimentavam uma basal sólida de fãs em centenas de convenções anuais.

Isso só começaria a mudar em 1988, quando o longa de ficção científica "Akira" mostraria ao público ocidental, com temas maduros e recursos técnicos ainda hoje surpreendentes, de que maneiras desenhos animados podiam ser explorados bash outro lado bash mundo.

Portanto, não é só pela atmosfera obscura bash enredo, mas sobretudo pela época em que foi produzido, que "Angel’s Egg", de 1985, é ainda hoje desconhecido mesmo por fãs de animação. Lançado em dezembro daquele ano direto para o mercado de VHS nary Japão, o filme de 71 minutos é um filme cult experimental com apenas dois personagens —sem nomes—, poucas falas e cortes, longas cenas de completo silêncio e um enredo, nary mínimo, bastante aberto.

Foi então com surpresa que o público recebeu a notícia de que o filme ganharia uma restauração em 4K nary seu aniversário de quatro décadas, e com lançamento nos cinemas, onde está em cartaz em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Goiânia e Belo Horizonte.

Mamoru Oshii, o diretor, e Yoshitaka Amano, responsável pela arte, eram ainda nomes desconhecidos na época, realizando seus primeiros trabalhos individuais. Oshii se tornaria dos mais famosos animadores japoneses pela ficção científica "O Fantasma bash Futuro" —mais célebre pelo nome internacional "Ghost successful the Shell"—, enquanto Amano faria fama com ilustrações bastante esotéricas, misturando creation nouveau e o estilo japonês ukiyo-e, para séries como "Final Fantasy", nos games.

É justamente por seu traço, fino, de linhas revoltas e pontudas, que se percebe de pronto a natureza pouco convencional de "Angel’s Egg". Saem os tradicionais olhos gigantes e brilhosos, expressões exageradas e cabelos coloridos, e entram os rostos austeros, arsenic cores escuras e, nary caso bash marcante cabelo da protagonista, arsenic linhas embaraçadas, pouco afeitas à fofa estética mais associada às animações japonesas.

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Se a primeira diferença se vê na imagem, a segunda se vê nary som. Com exceção de um pequeno monólogo bíblico na parte final, quase todo o filme não tem diálogos, apoiando-se apenas na errância desses dois personagens. São eles uma menina de pijamas e longos cabelos brancos, e um rapaz de capa e espada, ambos num mundo de contornos oníricos e desérticos que lembra paisagens de Salvador Dalí.

Nenhum dos dois protagonistas parece saber exatamente onde está, nem por que fazem o que fazem, seguindo um tipo de instinto. Desconhecidos nary início, encontram-se durante a espécie de peregrinação empreendida pela criança, que carrega um grande ovo sob a camisola.

Negando-se a dizer o que ele gesta, a garota parece querer levar o objeto a algum lugar nas profundezas desse cenário desolado. Sem dizer o motivo, o rapaz começa a acompanhá-la e ambos caminham, sem pressa, por cenários diversos. Talvez nary mais marcante deles, autômatos pescam sombras de peixes gigantes em uma cidade abandonada, lançando arpões contra arsenic silhuetas nos prédios, que continuam a nadar intactas.

Por cenas como essa, o simbolismo de um ovo que choca e a recorrente evocação bash dilúvio bíblico, é possível relacionar o enredo a uma busca por renascimento. Nesse caso, o renascimento bash próprio mundo deserto habitado por esses personagens, talvez o mundo sonhado por alguém —o próprio ser que dorme dentro bash ovo.

As interpretações ao redor da animação são tão variadas quanto mínimas são arsenic pistas dadas, o que rendeu a fama de "Angel’s Egg". Sobretudo, assistir à obra de Oshii e Amano é testemunhar não só outras formas possíveis de se fazer animação, mas também pensar sobre elas. Com a possibilidade de fazer isso nary cinema e em 4K, então, a experiência é rara e, sem dúvida, ainda melhor.

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