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Banco Central mantém juros em 15% ao ano mesmo com economia esfriando

O Copom também menciona inflação ainda fora da meta de 3% ao ano. "As expectativas de inflação para 2025 e 2026 apuradas pela pesquisa Focus [com economistas consultados pelo BC] permanecem em valores acima da meta, situando-se em 4,4% e 4,2%, respectivamente", diz.

O Copom também atribuiu parte da alta à "conjuntura" nos Estados Unidos. "O ambiente externo se mantém incerto em função da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos, com reflexos nas condições financeiras globais", afirma. "Tal cenário segue exigindo cautela por parte de países emergentes em ambiente de acirramento da tensão geopolítica."

Apesar de os EUA terem derrubado o tarifaço recentemente, o Copom mostrou preocupação com a política fiscal do governo. "O Comitê segue acompanhando os anúncios referentes à imposição de tarifas comerciais pelos EUA ao Brasil, e como os desenvolvimentos da política fiscal doméstica impactam a política monetária e os ativos financeiros, reforçando a postura de cautela em cenário de maior incerteza", escreve.

O tom adotado continuou enfatizando a necessidade de manter os juros elevados por "período bastante prolongado". "O Comitê avalia que a estratégia em curso, de manutenção do nível corrente da taxa de juros por período bastante prolongado, é adequada para assegurar a convergência da inflação à meta", diz o comunicado, indicando que a redução da Selic pode não ocorrer em janeiro

O cenário segue sendo marcado por expectativas desancoradas, projeções de inflação elevadas, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho. Para assegurar a convergência da inflação à meta em ambiente de expectativas desancoradas, exige-se uma política monetária em patamar significativamente contracionista por período bastante prolongado.
Comunicado do Copom

Decisão foi unânime. Além de Gabriel Galípolo, presidente do BC, votaram os diretores: Nilton David (política monetária), Ailton de Aquino Santos (fiscalização), Izabela Correa (relacionamento institucional, cidadania e supervisão de conduta), Diogo Abry Guillen (política econômica), Gilneu Vivan (regulação); Paulo Picchetti (assuntos internacionais e gestão de riscos corporativos), Renato Dias de Brito Gomes (organização do sistema financeiro) e Rodrigo Alves Teixeira (administração).

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