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Bebidas que tentam se passar por café invadem mercados: como diferenciar?

A fraude acontece quando você coloca a palavra café para ter benefício econômico e o consumidor não consegue saber sobre isso. Acompanhamos há alguns anos essa tentativa de fazer um produto de 'café' que não seja café, mas diante do aumento do preço eles elevaram o nível de criatividade e criaram produtos ilegais, que não são reconhecidos pela Anvisa, para atender aos anseios de um preço menor. Celírio Inácio, diretor da Abic

Selo concedido pela Abic é forma de evitar golpe, já que lista de ingredientes "100% café" pode ser falsa. "O último estágio entre o consumidor e o supermercado são as certificações, para saber se aquele café é adequado ao consumo. Toda essa regra foi feita junto ao Ministério da Agricultura para que o consumidor seja defendido."

Se o café já foi testado e aprovado, o selo fica estampado na embalagem com um QR Code. Ele dá acesso a detalhes sobre o produto —inclusive técnicos, como seu ponto de torra.

[O café falso] é um produto contra o consumidor, a impureza é extremamente alta e eles deliberadamente apresentam com embalagens muito parecidas, às vezes até imitação, de produtos já conhecidos pelo consumidor, com a intenção clara de fazer com que ele seja enganado e leve aquele produto sem prestar muita atenção. Celírio Inácio, diretor da Abic

Empresa não é obrigada a pedir selo, mas ele é sinal de que produto passou por teste de pureza
Empresa não é obrigada a pedir selo, mas ele é sinal de que produto passou por teste de pureza Imagem: Abic

Como acontece a certificação de qualidade? Uma empresa contratada pela Abic vai a um ponto de venda, recolhe unidades do produto e envia para laboratórios que fazem a avaliação. Mesmo cafés certificados podem perder o selo em avaliações posteriores, por isso o acesso ao QR Code impresso é ainda mais importante, já que mostra as últimas informações sobre o café. São cerca de 5 mil avaliações ao ano. Veja as marcas aprovadas no teste de pureza da Associação.

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Empresas não são obrigadas a ter selo para ter legitimidade, mas as interessadas podem pedir avaliação. "A empresa que quer ser certificada avisa que seu produto está sendo comercializado e indica em quais supermercados estão vendendo. Aí a Abic vai, no seu tempo, faz os testes de pureza e qualidade e emite o laudo pra dizer se está ok."

Se (o café) é aprovado, imediatamente ganha a possibilidade de usar o selo. Mas dentro do roteiro que nós temos, de manutenção desse selo, o produto é averiguado constantemente nas prateleiras. Acontece pelo Brasil todo e o produtor não sabe se vai ser na capital ou no interior. Celírio Inácio, diretor da Abic

Ingredientes "intrusos" são permitidos no café em nível baixíssimo. Isso porque, por ser um produto vindo de lavouras, é considerado normal que uma pequena quantidade de folhas e cascas, do próprio cafezal, acabem no produto. Ainda assim, se a quantidade for superior a 1%, o café já é considerado inadequado.

Caso algum produto testado pela Abic represente um risco à saúde do consumidor, o Ministério da Agricultura é notificado. "Temos um canal direto com eles e avisamos quando existe impureza. Os produtos são colocados em uma listagem para que os órgãos competentes façam suas verificações."

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