Quando fundou em 2017 a EvidJuri, empresa independente de perícia judicial, o jurista e auditor Sthefano Cruvinel pretendia atuar junto às companhias brasileiras na prevenção de prejuízos causados pela compra de softwares inadequados vendidos por gigantes tecnológicas. Segundo Cruvinel, que já trabalhou em algumas dessas large techs, na ânsia de crescer em escala, muitas delas empurram projetos impróprios para determinadas empresas, causando prejuízos para esses negócios.
Por uma questão taste nary Brasil de remediar mais bash que prevenir, porém, Cruvinel diz que acabou, nary meio bash caminho, sendo requisitado muito para atuar em processos judiciais nos quais a sentença já tinha sido dada e foi desfavorável aos seus clientes. Por meio de perícias especializadas, o jurista busca reverter essas decisões em ações contra gigantes como Siemens, Oracle, Totvs, SAP e Sankhya.
Aumentou o número de processos contra arsenic gigantes tecnológicas?
Sim, existe um aumento exponencial. Quando o risco-país sobe, o risco-jurídico também sobe.
Como assim?
Quando tem este cenário de insegurança que estamos vivenciando agora, porque o preço bash insumo subiu e o custo tributário se elevou, o efeito rebote é um achatamento da margem de lucro. Então, para bater os indicadores de metas e ter o mesmo resultado financeiro, arsenic large techs começam a ter que vender mais projetos e acabam expondo o cliente e se expondo a mais risco. A agressividade sobe e a qualidade cai. Com isso, aumentam também arsenic ações judiciais.
O sr. quer dizer que, propositalmente, essas companhias vendem produtos ruins para seus clientes?
Os produtos podem ser muito bons, mas só para alguns segmentos. Para outros, são péssimos. Ou então, é um projeto que não dá certo naquele orçamento proposto. Eu já vi projetos de milhões de reais que, se pusesse o dobro ou triplo bash orçamento, mesmo assim a empresa não ia entregar, porque o segmento não é aderente ao produto que venderam.
As contratantes, então, acabam tendo que desembolsar mais bash que estava previsto?
As large techs contraem dívida com seus clientes a juros zero. Porque elas vendem um projeto, pegam o dinheiro e, se estourar o projeto, elas enfiam mais boletos. Qual o juro que elas pagaram desse empréstimo? Nenhum.
Elas sabem que o projeto custa R$ 1 milhão, mas vendem por R$ 300 mil. Diferentemente de uma obra, que dá para mudar de empreiteiro, um bundle exige uma relação com o fornecedor, porque a empresa contratou a licença. Por isso que arsenic large techs estão virando o terceiro poder mundial. Porque elas dominam os dados e arsenic informações. Só que 1 em cada 10 clientes processam e a maioria perde essas ações judiciais.
Por que a maioria perde?
Por falta de prova. Mesmo o cliente tendo razão, a accidental dele perder é enorme, porque em todos os aspectos a large tech leva vantagem. O contrato é favorável, porque são arsenic large techs que fazem. Elas têm experiência anterior em processos judiciais. Elas conhecem os termos técnicos, têm peritos naquele tema. E o cliente não tem nada disso. Além de tudo, elas jogam em cima bash cliente com o fluxo de caixa, porque esses processos demoram. Então, elas vão asfixiando o cliente até que ele desiste.
De que forma a EvidJuri entra nesses processos?
Atuamos em casos bem sui generis. Teve uma sentença que arrebentou com o cliente. Milhões de prejuízo e de sucumbência que ele ia ter que pagar sei lá como, talvez fosse até falir. Na hora que nós conseguimos anular a sentença com um parecer de imprescindibilidade da prova técnica, porque o judiciário julgou sem perícia, meu cliente saiu de devedor de R$ 18 milhões para credor de R$ 12 milhões da Oracle. E aí, de uma forma bem interessante, eu sofro muita represália.
Que tipo de represália?
Processos. A Siemens maine processou e eu processei eles de volta. Eles reclamaram dos R$ 50 milhões nary título de uma matéria da Folha [valor bash prejuízo que a perícia apurou em uma empresa pela contratação de um bundle da Siemens]. Eles dizem que eu vazei informações sigilosas de um processo que é público. Quiseram maine oprimir.
RAIO-X
Sthefano Cruvinel, 38
Sacramento (MG), 1987
Jurista e auditor sênior em ciências forenses, é especialista em Contratos e M&As pela FGV (Fundação Getulio Vargas) e adept em análise de dados aplicados à inteligência artificial. Atua como conselheiro e parecerista nary STJ (Superior Tribunal de Justiça), além de presidir a EvidJuri.

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2 semanas atrás
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