Bitcoin atinge pico de 3 meses em meio a especulações eleitorais

Nas primeiras horas de negociação hoje na Ásia, o Bitcoin atingiu uma máxima de três meses, enquanto o dólar americano mostrou sinais de força contínua, à medida que os mercados antecipam a próxima eleição presidencial dos EUA. Com a eleição a apenas duas semanas de distância, as pesquisas crescentes em favor do ex-presidente Donald Trump influenciaram os mercados de câmbio.

A potencial reeleição de Trump é vista como um fator que poderia manter as taxas de juros dos EUA elevadas devido às suas políticas propostas de tarifas e impostos, o que poderia afetar negativamente as moedas dos parceiros comerciais dos EUA.

As flutuações cambiais da semana passada foram influenciadas pela decisão do Banco Central Europeu de cortar as taxas de juros e pelos fortes dados econômicos dos EUA, que alteraram as expectativas sobre o ritmo de possíveis reduções nas taxas dos EUA, especialmente se Trump garantir a presidência.

O japonês experimentou um leve declínio de 0,1%, sendo negociado a 149,32 por dólar, mantendo sua posição mais forte do que 150 por dólar após cruzar brevemente esse limiar na semana passada pela primeira vez desde o início de agosto. O índice do dólar, que compara o dólar com as principais moedas, estava em 103,45.

Apesar de uma queda de 0,3% na sexta-feira devido a um aumento no apetite por risco após o anúncio do pacote de estímulo da China, o índice viu um aumento de 0,55% ao longo da semana. O euro permaneceu inalterado em 1,0866$, e a libra esterlina manteve-se estável em torno de 1,3045$.

O valor do Bitcoin foi impulsionado pelas perspectivas eleitorais melhoradas de Trump, já que sua administração é percebida como tendo uma abordagem mais leniente à regulamentação de criptomoedas. A moeda digital subiu 0,8%, cotada a 69.400$, marcando um aumento de 18% desde 10 de outubro.

Com nenhum evento econômico significativo programado para esta semana, espera-se que o foco do mercado se volte para os lucros corporativos, os riscos das eleições dos EUA e o potencial aumento nos custos de hedge para o dólar e outros riscos de portfólio. O chefe de pesquisa da Pepperstone, uma corretora online australiana, sugeriu que os traders deveriam considerar se é o momento certo para fazer negociações mais confiantes relacionadas às eleições.

Weston indicou que uma das estratégias mais claras para navegar pelo risco de tarifas de Trump é favorecer o dólar sobre , o franco suíço e o peso mexicano. O chefe global de câmbio da Jefferies também observou que a força do dólar, especialmente contra essas três moedas, se deve em parte ao aumento das taxas de juros reais. Bechtel espera que essa tendência persista até a eleição e, se Trump vencer, provavelmente além.

Na semana anterior, o iene caiu 0,3%, o euro declinou 0,6%, a libra esterlina permaneceu inalterada e o índice do dólar aumentou 0,55%. O peso mexicano viu uma queda significativa de 3%. O euro perdeu mais de 3% nas últimas três semanas, rompendo sua média móvel de 200 dias e pairando perto de uma baixa de 2 meses e meio.

A Reuters contribuiu para este artigo.

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