Fed e Copom começam reuniões com expectativa de corte de juros nos EUA e manutenção no Brasil
- O Fed e o Copom iniciam hoje suas respectivas reuniões sobre os rumos das taxas de juros. As decisões saem amanhã (10), com o mercado projetando caminhos diferentes para as duas economias.
- Nos Estados Unidos, o Fed deve realizar o terceiro corte consecutivo de 0,25 ponto percentual em 2025, reduzindo a taxa básica para 3,50%-3,75% ao ano. A probabilidade precificada pelo mercado supera 85%. A decisão sai na quarta, seguida de coletiva do presidente Jerome Powell.
- O contexto é de inflação se desacelerando, mas ainda ligeiramente acima da meta, com mercado de trabalho esfriando e sinais de crescimento mais fraco. A dúvida é se o Fed sinalizará mais cortes em 2026 ou indicará uma pausa no ciclo de redução.
- Já no Brasil, a expectativa é de que o Copom mantenha a Selic em 15% ao ano pelo segundo encontro consecutivo. Na ata anterior, o BC disse ter "maior convicção" de que esse patamar é adequado para trazer a inflação à meta, mas manteve a porta aberta para novas altas caso o cenário fiscal ou externo piore.
- O Focus mostra inflação ainda acima do centro da meta nos próximos anos, com crescimento econômico modesto. O quadro reforça o tom cauteloso do BC e reduz espaço para cortes de juros no curto prazo, mesmo com o Fed em ciclo de alívio monetário.
JOLTS de outubro deve confirmar desaceleração no mercado de trabalho dos Estados Unidos
- O relatório JOLTS ("levantamento da abertura de empregos e rotatividade trabalhista", na sigla em inglês) com dados de outubro será divulgado hoje (9) pelo Departamento do Trabalho dos EUA. O mercado espera algo em torno de 7,15 milhões de vagas abertas, sinalizando desaquecimento gradual.
- O dado mais recente, de agosto, registrou 7,227 milhões de vagas, abaixo do pico pós-pandemia. Projeções privadas apontam para cerca de 7,13 milhões em outubro, reforçando a tendência de esfriamento do mercado de trabalho.
- O nível ainda é historicamente elevado, o que afasta a possibilidade de uma recessão iminente. A leitura dominante é de que os números são fortes o bastante para sinalizar estabilidade, mas coerentes com a narrativa de desaquecimento que abre espaço para a continuidade do ciclo de cortes de juros do Fed em 2026.
- O JOLTS é acompanhado de perto pelo Federal Reserve porque mostra a demanda das empresas por mão de obra antes mesmo de as contratações acontecerem. Menos vagas e menos demissões voluntárias tendem a reduzir pressões salariais, facilitando o controle da inflação.
- Hoje também sai o relatório semanal da ADP, que irá a ajudar a compreender o cenário do mercado de trabalho nos EUA.
Trump autoriza venda de chips de IA para clientes aprovados na China
- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou ontem (8) em sua rede social Truth Social que permitirá a exportação de chips avançados de inteligência artificial para "clientes aprovados" na China. A medida beneficia fabricantes americanas como Nvidia, AMD e Intel.
- A autorização não é irrestrita. Somente empresas comerciais chinesas aprovadas pelo Departamento de Comércio dos EUA poderão comprar os chips, numa tentativa de evitar que a tecnologia chegue ao uso militar chinês.
- Trump estipulou que o governo americano ficará com 25% da receita dessas vendas. Ele apresentou a medida para gerar receita direta para o país em troca do acesso à tecnologia sensível, além de criar empregos e manter a liderança dos EUA em IA.
- A Nvidia saltou 2,33% no after hours com o anúncio. AMD e Intel, que também foram autorizadas, subiram 1,84% e 0,57%, respectivamente.
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Veja o fechamento de dólar e Bolsa na segunda (8):
- Dólar: -0,22%, a R$ 5,421
- B3 (Ibovespa): +0,52%, aos 158.187,44 pontos.
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