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Brasil leva a melhor sobre a Colômbia em final de reviravoltas na Copa América

Em partida que mais parecia uma montanha-russa de emoções, a seleção brasileira feminina venceu a Colômbia nos pênaltis neste sábado (2), em Quito, no Equador, e conquistou seu nono título da Copa América em 10 edições. A partida acabou 3 a 3 no tempo regulamentar e foi para prorrogação, que novamente terminou empatada, dessa vez em 4 a 4. O título veio apenas na defesa da goleira ex-Grêmio Lorena na 14ª cobrança das penalidades.

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As duas equipes já haviam se enfrentado na única partida não vencida pela seleção brasileira em jogo que valia a liderança do grupo B. A partida tomou tons dramáticos quando Lorena foi expulsa aos 24 minutos do primeiro tempo. Com uma a menos, as brasileiras fizeram um jogo de contenção e garantiram o empate e a primeira colocação. Caso perdessem, a liderança ficaria com as colombianas. Apesar de um grande jogo, o primeiro embate entre as seleções não foi suficiente para preparar a torcida para o derradeiro confronto entre as seleções.

A partida começou com os dois times se lançando ao ataque. Na troca de golpes iniciais a Colômbia se saiu melhor. Aos 24, Caicedo recebeu a bola sozinha na área e abriu o placar. A resposta brasileira viria apenas nos acréscimos. Aos 51, Carabalí, uma das protagonistas do jogo, fez pênalti em Gio Garbelini. A árbitra Dione Rissios precisou do VAR para assinalar a infração. Angelina cobrou e garantiu que o Brasil entrasse para o vestiário com tudo igual.

O segundo tempo começou movimentado de novo, mas dessa vez as brasileiras tinham superioridade e levavam perigo a goleira defendida por Kathe Tapia. Até que a zagueira Tarciane tocou para trás, Lorena saiu para intervir na jogada, ainda tentou retornar, mas só pode assistir bola lentamente cruzar a linha e colocar a Colômbia novamente na frente, aos 24 do segundo tempo. As brasileiras não se deixaram abalar e 11 minutos depois igualaram a decisão. Amanda Gutierres recebeu cruzamento no peito, já ajeitando para bater e manter a esperança brasileira.

Dois minutos depois, o técnico Arthur Elias tirou Marta do banco para tentar decidir a partida. No entanto, a foram as colombianas que ficaram à frente no placar pela terceira vez no confronto. Mayra Ramírez, marcou na saída da goleira brasileira depois de boa chegada no contra ataque. No apagar das luzes, a melhor jogadora de todos tempos mostrou que ainda pode brilhar no palco internacional. Marta pegou o rebote da defesa e soltou um canhotaço, sem dar chances a Khate Tapia, e prolongou o sonho brasileiro.

Na prorrogação, ela apareceu de novo. Marta, oportunista, desviou cruzamento dentro da área e colocou a seleção brasileira na frente pela primeira vez, aos 14 minutos do primeiro tempo da prorrogação. Mas a viagem de altos e baixos ainda guardava mais um susto. Aos nove do segundo tempo, Leicy Santos cobrou falta no ângulo e fechou o placar em 4 a 4 com a bola rolando para adiar a decisão.

Nos pênaltis, a alternância de vantagens se repetiu. Nas cinco primeiras cobranças, a Colômbia chegou a ter a vantagem, mas desperdiçou duas cobranças seguidas e colocou o Brasil na frente, uma delas defendida por Lorena. Marta teve a oportunidade de fechar a conta na última cobrança, mas parou nas mãos de Khate Tapia. Finalmente na 14ª penalidade, Lorena defendeu o chute da Carabalí, depois de Luany ter feito o seu nas alternadas, e consagrou o Brasil como a primeira eneacampeão da Competição.