Cafeteira elétrica Cadence Vambora vale a pena? Veja review completo

Toda a estrutura da cafeteira é feita em plástico preto, com um detalhe em inox na parte superior. Minha primeira impressão é que o produto é simples e transmite certa fragilidade. Por ser bastante leve, qualquer esbarrão pode fazê-la tombar, então o ideal é não deixá-la em locais sujeitos a quedas. Apesar de isso favorecer a portabilidade, é melhor posicioná-la em um ponto com pouca circulação de pessoas. Pela proposta, não se trata de um modelo premium nem especialmente elegante.

O copo que acompanha a cafeteira, por outro lado, pareceu mais resistente do que o próprio aparelho. Ele tem uma camada grossa que ajuda a manter a temperatura interna e mantém o visual em preto, com alguns detalhes em branco. Um ponto que me agradou foi o fundo emborrachado, que evita que ele deslize. A tampa é de plástico rígido, com rosca e vedação emborrachada. No geral, é um belo copo.

Um ponto positivo da cafeteira é, de fato, o tamanho compacto. Ela coube perfeitamente na bancada da minha cozinha, sem atrapalhar nada do que já estava ali. O uso também é muito simples: adicionei a água pela tampa superior, que tem um indicador de nível máximo próximo à capacidade do copo térmico (470 ml). Em seguida, coloquei o pó de café no filtro, que também é pequeno, tampei novamente, posicionei o dosador na parte do pó, fechei a tampa e acionei o botão de liga/desliga. Em poucos segundos, o café começou a ser coado direto no copo.

De modo geral, o café ficou saboroso e relativamente quente. No entanto, como alguém que toma várias xícaras ao longo do dia, prefiro bebidas mais quentes. Se você for como eu, não espere um café pelando saindo dessa cafeteira. O processo é rápido e, como promete a fabricante, realmente prático. Por ser um modelo simples, acredito que não tenha sistema corta-pingos. Por isso, ao final da extração, precisei esperar alguns instantes até que parasse de gotejar.

A experiência com o copo foi satisfatória em relação à temperatura. Ele não substitui uma garrafa térmica, então não espere manter o café quente por horas, mas a bebida se mantém em uma temperatura agradável por cerca de 15 minutos.

Tenho apenas uma ressalva em relação a copos térmicos para café: tome cuidado para não levar muito líquido à boca de uma vez logo no início. Como a parte interna costuma ficar mais quente, existe o risco de queimar a boca. Minha impressão é que esse tipo de copo não oferece muito controle da dosagem no gole, o que me incomodou um pouco. No fim das contas, continuo preferindo uma xícara de porcelana tradicional.

Uma observação importante é que não adianta manter a cafeteira ligada, já que essa não é a proposta do produto. Diferente dos modelos tradicionais, ela não tem jarra de vidro nem resistência na base para conservar o café quente. Quem mantém a temperatura é o copo térmico — que, naturalmente, não oferece a mesma eficiência de retenção de calor das cafeteiras convencionais. Com isso em mente, o consumo de energia tende a ser mínimo.

Segundo a fabricante, o consumo energético é de 18 kWh/mês. Considerando a potência de 600 W, o tempo de uso de 5 minutos por dia e a tarifa média de R$ 1,40 por kWh no Rio de Janeiro (onde testei), o custo na conta de luz ficaria em torno de R$ 2,10 por mês, assumindo um uso diário. Se a cafeteira for utilizada três vezes ao dia, esse valor sobe para cerca de R$ 6,30 mensais (ainda assim, algo bem irrisório).

A limpeza é muito fácil de fazer. Para lavar o filtro removível, usei apenas água corrente com um jato bem forte. Não costumo usar detergente para evitar qualquer gosto residual, mas sempre me certifico de limpar imediatamente após o uso e de verificar se não ficou nenhum resquício de sujeira. Não há segredo nem dificuldade nessa parte.

A cafeteira Vambora da Cadence custa cerca de R$ 160 no e-commerce. Um modelo concorrente é a Black+Decker Freestyle CM01, com preço praticamente igual ao da Cadence. As duas oferecem funções muito semelhantes, com a diferença de que a opção da Black+Decker conta com suporte com ajuste de altura e capacidade para até duas xícaras menores.

Nos dois casos, vale avaliar sua necessidade para saber se o investimento compensa. Se você quer um preparo rápido para colocar no copo térmico e sair para o trabalho ou academia, por exemplo, o modelo atende bem. O copo se encaixa facilmente nos compartimentos próprios de mochilas e mantém o café em uma temperatura razoável até o fim do treino ou durante o trajeto.

Caso esse não seja seu objetivo, pode ser mais vantajoso investir em uma cafeteira tradicional — aquelas com jarra de vidro — já que é possível encontrar modelos mais simples por menos de R$ 100. Nesse cenário, os R$ 160 da cafeteira da Cadence poderiam ser direcionados a um aparelho mais robusto e com maior capacidade. Pela simplicidade do material e do produto como um todo, acredito que ele poderia ser mais barato, até porque muita gente já tem copo térmico em casa.

Pelo que ela se propõe, sim, vale a pena. Ela cumpriu o que prometeu, entregando praticidade, rapidez e um copo que mantém o café em uma temperatura adequada por mais tempo. Mas eu, particularmente, não vi um grande diferencial para o meu uso diário, que envolve um consumo bem alto de café. Então, se fosse para escolher, eu investiria o valor dela em um modelo tradicional, já que não tenho o hábito de levar café em copo térmico para os lugares.

Com informações de Cadence

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