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Carne vegetal perde apelo e frustra previsões bilionárias do mercado

A estratégia de apostar em redes de fast food também fracassou: em testes no McDonald's da Califórnia e do Texas, o McPlant vendeu só 20 unidades por dia, insuficiente para manter a operação, que exige uma grelha e funcionários exclusivos.
Nutricionistas reforçam que o produto enfrenta rejeição entre veganos e vegetarianos convictos. "Não é saudável e poucos querem algo que lembre carne", afirma Mayra Mello, especialista em nutrição vegetariana.

O caso brasileiro

No Brasil, a Fazenda Futuro reduziu drasticamente os investimentos após a saída do BTG, que sofreu perda de 32,79% no patrimônio líquido com a aposta. A empresa encolheu presença em redes sociais, cortou marketing e hoje mantém atuação restrita a supermercados de alto padrão.

A empresária Vânia Peres de Aguiar também viveu a frustração em menor escala. Ela abriu em Niterói (RJ) uma franquia do "açougue vegano" No Bones, em 2017, mas viu a clientela se restringir quase só a vegetarianos ocasionais e pessoas com intolerâncias alimentares. O negócio acabou virando delivery de pratos veganos, enquanto a matriz, em São Paulo, fechou as portas.

Futuro incerto

Apesar das dificuldades nos EUA e Brasil, o setor mostra sinais de crescimento na Europa. O mercado europeu de carnes vegetais movimentou US$ 2,47 bilhões em 2024 e deve crescer 16,2% ao ano até 2033, puxado por consumidores preocupados com a pegada ambiental da pecuária, os "flexitarianos" - pessoas dispostas a consumir menos produtos de origem animal.

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