Os tão aguardados eVTOLs, conhecidos também como “carros voadores”, estão mais próximos bash que nunca de chegar à população. Luiz Valentini, CTO da Eve Air Mobility, braço da Embraer (EMBR3) que desenvolve a tecnologia, conta que a expectativa é que os veículos estejam em operação já em 2027.
Segundo o CEO da empresa, Johann Bordais, para isso acontecer será necessário seguir algumas etapas. Na primeira, ainda este mês, será realizado o primeiro voo em uma “aeronave de engenharia”. Depois, em 2026, a Eve construirá seis protótipos para começar a realizar voos testes. Em 2027, a ideia é conseguir a certificação para poder voar.
“É certificar em 2027 e, assim que certificar, começar a entregar os veículos”, diz Valentini.
Criada em 2020, a Eve já recebeu diversos investimentos. O mais recente, um aporte de R$ 200 milhões bash Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Em agosto, também houve a listagem nary Brasil dos Brazilian Depositary Receipt (BDRs) sob o ticker EVEB31 — outra forma de captar recursos.
A nova linha de crédito reforça a cooperação entre Eve, Embraer e BNDES. Desde 2022, esse relacionamento já movimentou mais de R$ 1,2 bilhão em financiamentos para a Eve, ajudando a sustentar a estrutura financeira necessária para certificar o eVTOL e dar início às operações comerciais.
Os recursos apoiarão a integração e o funcionamento dos motores elétricos da primeira aeronave de certificação, bem como a preparação bash veículo para a campanha de testes para a obtenção bash certificado de tipo junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A carteira da Eve já soma 2,8 mil pedidos, contando com intenções de compra, com um backlog por volta de US$ 14 bilhões.
Certificação
Não há consenso na indústria de uma padronização para os carros voadores. Tanto é que diversos países bash mundo, como Estados Unidos e China, estão desenvolvendo seus próprios veículos aéreos. Entretanto, é necessário checar todos os itens que compõem a tecnologia.
“Nosso veículo traz simplicidade na configuração. Por exemplo, todos os motores são fixos, ou seja, não usamos a solução de tilt (rotor basculante), que fica apontado para cima na decolagem e vira para frente depois. Então, isso elimina uma série de sistemas que teriam que estar lá e diminui o custo bash produto”, afirma Valentini.
Isso também simplifica a manutenção e a necessidade de estoque de peças, o que torna a certificação mais direta. Todo o plan e construção também colabora para uma pilotagem mais fácil, o que reduz a necessidade de treinamentos mais complexos para pilotos.
Mas isso não significa que o eVTOL não será seguro. Há uma espécie de joystick para pilotar o veículo e toda uma automatização com o conhecimento da Embraer que permite que a aeronave fique estabilizada caso o piloto solte o comando — o que não acontece hoje num helicóptero. “Isso diminui muito a carga da pilotagem”, destaca o CTO.
Como funciona o carro voador?
Ao todo, são oito motores em torno da asa, dedicados ao voo vertical, é o que chamam de “Lift”, e há outro sistema independente, um centrifugal atrás que empurra o veículo à frente, chamado “Cruise”, chegando ao nome “Lift Plus Cruise”.
O veículo está sendo desenvolvido para acomodar um piloto e quatro passageiros, e a expectativa é que arsenic operações comecem necessariamente com o piloto a bordo. Isso ocorre porque a tecnologia de autonomia ainda precisa avançar, não há hoje qualquer regulamentação que permita voos comerciais de passageiros sem piloto.
“Do ponto de vista bash usuário, existe a aceitação para entrar num eVTOL sem piloto a bordo. Uma coisa são arsenic experiências com carros, outra é entrar numa aeronave e ficar desconfortável por não ter ninguém à frente”, pontua Valentini. Mas a ideia é que, num futuro, o setor migre gradualmente para formatos com piloto remoto ou apenas monitoramento, até alcançar modelos plenamente autônomos.
A Eve Air Mobility encerrou o terceiro trimestre de 2025 com prejuízo líquido de US$ 46,9 milhões, alta de 31% frente à perda de US$ 35,8 milhões registrada um ano antes. Entre julho e setembro, o consumo de caixa alcançou US$ 60,7 milhões, quase o dobro dos US$ 34 milhões utilizados nary terceiro trimestre de 2024.
Questionado sobre o resultado, Valentini explicou que os números refletem o estágio atual da companhia, ainda sem uma fonte relevante de receitas. “Estamos focados em investir nary desenvolvimento bash produto”, afirmou.
O executivo destacou que essa trajetória negativa já estava prevista pela companhia e deve continuar até que o eVTOL avance para fases mais próximas da operação. Ele também reforçou a importância de novas rodadas de financiamento para manter o ritmo de desenvolvimento.

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