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Como os marketplaces ajudam na independência financeira das mulheres?

A clientela preferia comprar pela Shopee ao invés de comprar pelo site oficial. Após passar por vários desafios profissionais e emocionais no trabalho que exercia como especialista em marketing, Giselle resolveu investir em um hobby que já carregava consigo desde a infância. Em 2020, a moradora do conjunto Santa Maria, na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro, criou a Usebasha. "Eu encontrei no marketplace uma forma de ganhar dinheiro e alcançar pessoas", comenta.

Atualmente, 80% das vendas são online e 70% delas são feitas via marketplace. Do Carnaval de 2024 para 2025, as vendas cresceram 50%, das quais a maioria foi feita via marketplace e uma parte passou a ser exposta pela ONG Brota no Vidigal, um coworking coletivo que expõe trabalhos de artistas associados para turistas e trabalha na capacitação profissional da juventude. Atualmente, Giselle vende as peças apenas na Shopee e no Instagram.

Carnaval era uma tradição de família. Na infância, enquanto os pais trabalhavam, Giselle costumava ficar com a avó que trabalhava fazendo fantasias e acessórios para as escolas de samba do Rio de Janeiro. "Para me entreter, o pessoal do barracão me dava alguns materiais. Como se fosse uma brincadeira de criança, eu comecei a fazer acessórios, ajudava a pegar o material", conta Giselle.

Cuidado com o meio ambiente. Durante os dias de Carnaval, Giselle e sua equipe trabalham na coleta de material, como lantejoulas e plumas, enquanto a produção de itens para a data acontece entre novembro e dezembro. No manifesto da Usebasha, a consciência ambiental é um dos três pilares da empresa, ao lado do fortalecimento da comunidade e a valorização da cultura do carnaval.

As coleções da Usebasha não são restritas ao Carnaval. Segundo Giselle, a demanda para reaproveitar os itens das escolas de samba em novas coleções ainda era inexplorado pela comunidade carnavalesca. Por isso, além das coleções para a folia, Giselle também desenha e produz artigos com outras temáticas. "Só de falar para a pessoa que ela está usando um produto sustentável que veio do Carnaval carioca já agrega muito valor a peça. Eu consigo fazer esse trabalho em cima daquilo que seria descartado nos lixões", diz.

Empoderamento coletivo

A empresa tem dez colaboradores, dentre ele, a mãe de Giselle, Edimar. Segundo a fundadora da Usebasha, na medida em que mais pedidos iam chegando, foi preciso trabalhar para capacitar pessoas que pudessem recolher e higienizar os materiais que eram coletados após os desfiles das escolas de samba.

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