Trump ficou irritado com anúncio e contra-atacou. Em uma publicação na rede social, escrevendo em caixa alta, presidente americano anunciou que pode determinar taxa de 200% em vinhos, champanhes e produtos alcoólicos da França e outros países da União Europeia "em breve". EUA compram 16% da produção francesa de champanhe, por exemplo. Estimativas apontam que os preços desses produtos podem triplicar, se as taxas forem aplicadas na totalidade.
O Canadá resolveu entrar na briga, mas sem taxas. Em fevereiro, a província de Ontário mandou retirar todos as bebidas alcoólicas americanas das lojas da LCBO (Liquor Control Board of Ontario), uma das maiores atacadistas de álcool da província. Assim, os varejistas não podem repor os estoques. Na mesma semana, províncias de Scotia e Colúmbia Britânica também adotaram medidas semelhantes, obrigando comerciantes a retirar as bebidas das prateleiras.
Trump escolheu bebidas alcoólicas bastante importadas pelos Estados Unidos. A avaliação é de Stefânia Ladeira, especialista em comércio exterior e partner da Saygo Comex. "Vinhos, espumantes, principalmente região da França, Itália, Espanha, Portugal, vão sofrer essa taxação, exatamente numa tentativa do governo Trump de que a União Europeia volte atrás e não taxe os produtos americanos", afirma.
Protecionismo também é motivo para taxação recíproca. Apesar da família Trump ter uma vinícola no estado da Virgínia, a especialista em comércio exterior não acredita que esse tenha sido o motivo para o presidente direcionar taxas às bebidas alcoólicas. Ela vê um efeito de reciprocidade porque o uísque foi taxado na Europa. "É uma forma também de fazer com que essas indústrias pressionem os governos locais para desistir da taxação, que eles voltem atrás. Também para mostrar um pouco mais de poder", pondera.
Os Estados Unidos, nesse momento, não podem ficar voltando muito atrás nas questões sem um motivo. Então o governo precisa fazer com que esses países recuem para que ele também possa recuar e diminuir os valores das alíquotas ali impostas
Stefânia Ladeira, especialista em comércio exterior e partner da Saygo Comex
Europa escolheu um produto "sensível" para "contra-atacar" a taxação do aço e alumínio. Para Leandro Sobrinho, sócio da Davila Finance e especialista em relações com investidores, esse tipo de guerra comercial não é novidade e tem um impacto direto nos setores produtivos. "O objetivo final do governo americano é incentivar a produção e o consumo interno", analisa.

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9 meses atrás
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