Mais do que denotar a sua relação conturbada com jornalistas e meios de comunicação que lhe desagradam, elas representam a tentativa de controle da mídia. O presidente age de forma autoritária em seus ataques pessoais a profissionais que reportam denúncias ao governo.
- Por meio da sua rede social, pediu que o “Washington Post” demitisse o prestigiado colunista Eugene Robinson, chamando-o de incompetente e patético radical de esquerda. Vencedor do Pulitzer, o jornalista havia criticado os senadores republicanos por não enfrentarem o presidente na confirmação de seus indicados a cargos no governo.
- A agência Associated Press foi barrada do pool de jornalistas que cobrem a Casa Branca por recusar-se a chamar o Golfo do México de Golfo da América, como renomeou o presidente numa de suas primeiras ordens executivas no governo.
- A Casa Branca de Trump reverteu uma norma que vigorava desde a década de 1930, ao determinar que a escolha dos jornalistas que integram o pool da Presidência não é mais controlada pela Associação dos Correspondentes da Casa Branca, e sim pelo governo.
Ato contínuo, a agência Reuters e outros meios foram retirados da cobertura da primeira reunião do Gabinete de Trump e substituídos por outros mais alinhados ao governo, que, de acordo com a secretária de Imprensa, Karoline Leavitt, ajudarão a espalhar a mensagem do presidente.
- Em outra iniciativa semelhante, profissionais de quatro organizações de notícias — The New York Times, NBC, NPR e Politico — foram sumariamente desalojados do espaço que lhes era reservado no Pentágono.
- Em nome da restauração da confiança nas notícias, a Comissão Federal de Comunicações (FCC) — agência reguladora de comunicações dos EUA agora chefiada por um aliado do presidente — lançou uma investigação sobre uma série de organizações de mídia, incluindo o proprietário da NBC, a NPR e a PBS. As duas últimas são organizações financiadas com verbas públicas e foram ameaçadas de cortes por Trump.
Por fim, o presidente quer acabar com o sigilo da fonte jornalística e ameaça processar editoras, meios de comunicação e profissionais que divulgarem informações apuradas sob anonimato.
Fontes anônimas revelaram escândalos de grandes proporções, como por exemplo o Watergate, que levou à renúncia do ex-presidente Richard Nixon. Mas, na visão de Trump, são reduzidas à “ficção difamatória e inventada”.
Os arroubos autoritários do presidente esbarram no direito à liberdade de expressão, assegurado pela Primeira Emenda da Constituição americana. No primeiro mandato, ele tentou, e não conseguiu, eliminar o anonimato de fontes jornalísticas.
Como resumiu o presidente da Associação de Correspondentes da Casa Branca, o controle do time de jornalistas da Presidência “rasga a independência de uma imprensa livre nos EUA".
Trump almeja o contrário: ter o controle da mídia para propagar a desinformação.

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