A Starlink, divisão de Internet da SpaceX, continua expandindo seu alcance global e fornecendo Internet via satélite para muitos consumidores ao redor do mundo. Os serviços prestados pela companhia de Elon Musk contemplam tanto usuários de regiões centrais, quanto de locais mais afastados — de florestas e desertos até o oceano. A constelação de satélites de órbita baixa da Starlink chega em lugares remotos, como o Alasca (EUA) e a Antártida, além de países africanos e asiáticos, como Madagascar e Iêmen, que aguardam aprovação regulatória.
O serviço da Internet está disponível e já pode ser contratado no Brasil, com um catálogo variado, focado em diferentes tipos de clientes. Nesta lista, o TechTudo elenca sete lugares muito remotos do mundo que a Starlink, surpreendentemente, funciona. Ao longo do texto, será possível identificar quais os principais produtos disponíveis nessas regiões, assim como os valores dos equipamentos e assinatura.
Starlink Direct to Cell tem previsão de chegar ao Brasil em 2025, podendo levar internet para regiões mais extremas, mar e a floresta amzônica — Foto: Reprodução/fauxels O Alasca é o maior estado dos Estados Unidos, e também o menos populoso, com uma população de um pouco mais de 733 mil habitantes em 2020. A região foi comprada da Rússia em 18 de dezembro de 1867, como parte da estratégia estadunidense de tirar os russos do continente americano, além de ser uma área estratégica no Oceano Pacífico. Famoso pelas paisagens inóspitas, baixas temperaturas e longos períodos de neve, grande parte de seu território fica acima do Círculo Polar Ártico, onde as condições climáticas são extremas.
Uma bela paisagem do Alasca, região que fica acima do Círculo Polar Ártico, se tornando um local afastado — Foto: Reprodução/Ydes Rappelet Os moradores dessa região têm à sua disposição o serviço Residencial, ideal para habitantes de áreas isoladas, onde a infraestrutura terrestre não chega. Atualmente, os usuários do Alasca podem adquirir os equipamentos do plano Residencial pelo valor de US$ 469 (R$ 2.676 em conversão direta, sem impostos) mais tarifas, e a mensalidade gira em torno de US$ 90 (R$ 513).
Além dele, também é possível contratar o serviço Starlink Viagem, ideal para quem se desloca pelo interior do Alasca em trailers ou motorhomes. Essa modalidade garante conectividade mesmo em movimento ou em áreas de difícil acesso. Para empresas, também existe a Starlink Comercial.
Congelada há mais de três milhões de anos, a Antártida é a região mais fria da Terra e também o ponto mais ao sul do planeta. O local funciona como o maior "regulador térmico" do mundo, controlando as circulações atmosféricas e oceânicas, bem como influenciando o clima e as condições de vida na Terra. O continente também é o detentor da maior reserva de gelo (90%) e água doce (70%) do mundo, com incalculáveis recursos minerais energéticos.
Por conta do clima extremo, a Antártida praticamente não tem habitantes, apenas instalações de pesquisa científica. A localização no Polo Sul faz com que uma das grandes dificuldades enfrentada pelos cientistas que habitam a região seja a falta de conexão com o resto do mundo, já que o ambiente não é ideal para cabeamentos de Internet.
Imagem de um iceberg durante o dia na Antártida, o ponto mais ao sul do planeta — Foto: Reproduçãp/Pixabay Contudo, a Starlink oferece todos os seus serviços na região — tanto o plano Residencial quanto o Comercial. Vale ressaltar que a região apresenta limitações em relação ao envio do kit de instalação, de forma que os usuários que precisam utilizar a Starlink na Antártida devem comprar o produto em outro país e realizar a ativação no site da empresa.
O Iêmen foi o primeiro país do oeste asiático a ganhar acesso completo à Internet Starlink. A nação vive uma crise humanitária desde o início da guerra entre facções rivais em 2015, e estima-se que mais de 33 milhões de cidadãos tiveram que abandonar suas casas. Vítima do conflito, a população lida diariamente com a fome. É esperado que, com a Starlink, as organizações internacionais possam receber ajuda, e a população tenha acesso à Internet.
Foto da região de Shibam no Iêmen, primeiro país do oeste asiático a ter acesso ao serviço completo da Starlink — Foto: Reprodução/irwan zahuri Hoje, no país, é possível contratar os planos Comercial e Residencial, com equipamentos custando US$ 410 (R$ 2.335) e mensalidades a partir de US$ 35 (R$ 199) no plano Residencial Lite, que entrega um pacote de dados menor. No ato da compra, a Starlink informa que, devido à desafios logísticos, não pode oferecer um prazo estimado para entrega do kit.
Conhecida como o maior arquipélago do mundo, a Indonésia é um país do continente asiático composto por mais de 17 mil ilhas e com uma população de aproximadamente 281 milhões de habitantes em 2025. Devido à sua localização afastada e seu território fragmentado, fornecer Internet às ilhas distantes e pequenas comunidades costeiras sempre foi um grande desafio logístico — e um problema imenso para o comércio local.
Bela landscape da Indonésia — maior arquipéloco do Planeta Terra, com mais de 17 mil ilhas e o quarto país mais populoso — Foto: Reprodução/ahmad syahrir Em atividade no país desde maio de 2024, a Starlink oferece o seu pacote de serviços completo. No plano Residencial, os equipamentos custam 5 050 000 IDR (R$ 1.768,53 em conversão direta), e a mensalidade gira em torno de 750 000 IDR (R$ 262,65). Após a aquisição, o kit é enviado em um período de uma a duas semanas. Também é possível adquirir o produto através de varejistas locais como Agres ID, Ayoostore e Data Lake, que atuam como revendedores autorizados da Starlink.
Madagascar é a quarta maior ilha do mundo e um dos países com maior diversidade biológica do planeta, abrigando inúmeras espécies endêmicas. Com uma população de um pouco mais de 32 milhões de habitantes em 2025, enfrenta desafios em infraestrutura e desenvolvimento econômico, especialmente no que diz respeito às telecomunicações.
Colonizada pela França, Madagascar conquistou a independência em 1960 e, desde então, vem buscando maneiras de impulsionar sua economia e ampliar o acesso a serviços essenciais. O clima varia de tropical úmido ao norte e no leste a semidesértico na porção sul, o que resulta em regiões isoladas e de difícil acesso.
Imagem de uma pessoa andando em um barco de madeira preto, em Madagascar — Foto: Alexander Dummer Diante desse cenário, a chegada da Starlink surge como uma oportunidade de transformação na conectividade local. Atualmente, a companhia oferece aos usuários os serviços Comercial e Residencial, cujos kits custam 1 013 000 MGA (R$ 1.233, em conversão direta). A Starlink oferece dois planos para os assinantes: um no valor de 226 000 MGA (R$ 79), e o Residencial Lite por 136 000 MGA (R$ 47). Os usuários também podem adquirir os produtos Starlink através de varejistas locais como Carrefour e Mass’in.
Localizada na Ásia Central, a Mongólia é um país conhecido por suas vastas planícies, clima extremo e tradição nômade. Com uma população de aproximadamente 3,5 milhões de habitantes em 2025, é um dos países menos densamente povoados do mundo, e enfrenta desafios significativos na área de infraestrutura, especialmente em telecomunicações.
Herdeira de uma rica história que remonta ao Império Mongol de Genghis Khan, a região mescla costumes ancestrais com uma crescente modernização, que ainda encontra barreiras por conta de sua geografia e distâncias continentais. Grande parte do território é coberta por estepes e desertos, como o Deserto de Gobi, onde as temperaturas podem variar drasticamente entre o verão e o inverno, dificultando a instalação de serviços básicos.
Bela paisagem do Deserto de Gobi na Mongólia — Foto: Reprodução/Irina Iriser A Starlink está no país desde março de 2024, e os usuários têm à disposição o pacote de serviços completo. Na modalidade Residencial, o kit de equipamentos custa 755 200 MNT (R$ 1.244 em conversão direta). A mensalidade do plano padrão sai por 210 000 MNT (R$ 346); a do Residencial Lite, por 118 000 MNT (R$ 194). Assim como nos demais países, a Starlink também tem parceria com varejistas locais como E Mart e PC Mall, que revendem os produtos ao consumidor, diminuindo o prazo de entrega.
A Nova Zelândia é um país insular localizado no sudoeste do Oceano Pacífico, internacionalmente reconhecido por suas paisagens deslumbrantes, diversidade natural e rica cultura maori. Com uma população de aproximadamente 5,238 milhões de habitantes em 2025, a nação se destaca em rankings de qualidade de vida e inovação.
Essa característica surpreende, já que o país enfrenta desafios de conectividade em regiões mais isoladas, como áreas rurais e ilhas menores ao redor. O clima varia de temperado a subtropical, o que, aliado ao relevo acidentado e à distância dos grandes continentes, pode dificultar o acesso a serviços de telecomunicações em algumas localidades.
Belas montanhas rochosas cobertas de neve na Nova Zelância - montanhas que ficaram famosas na trilogia O Senhor dos Anéis — Foto: Reprodução/Tyler Lastovich A Starlink começou a atuar na Nova Zelândia em meados de 2021. Um fato interessante é que a região foi a primeira a aderir à modalidade Direct to Cell, fornecendo serviço de Internet direto para smartphones em todo o país. A companhia de Elon Musk oferece todo o seu pacote de serviços no país. Contratantes do plano Residencial pagam NZ$ 689 (R$ 2.266, em conversão direta) pelos equipamentos, enquanto o plano padrão custa NZ$ 159 (R$ 522), e o Residencial Lite, NZ$ 79 (R$ 259).
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9 meses atrás
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