▶️ Contexto: A atual escalada começou em agosto, quando o governo norte-americano dobrou para US$ 50 milhões a recompensa por informações que levem à prisão ou condenação de Maduro. Pouco tempo depois, os Estados Unidos passaram a reforçar a presença militar no Caribe.
- O presidente venezuelano é acusado pelo governo americano de liderar o chamado Cartel de los Soles.
- O grupo foi classificado recentemente pelos EUA como organização terrorista internacional ligada ao tráfico de drogas.
- Com essa classificação, autoridades americanas passaram a afirmar que integrantes do regime venezuelano poderiam ser considerados alvos legítimos em operações militares contra cartéis de drogas.
- Trump citou a operação pela primeira vez na sexta-feira (26), em uma entrevista a uma emissora de rádio, mas sem mencionar que o ataque havia ocorrido em solo venezuelano.
- Nesta segunda-feira, ele deu poucos detalhes sobre a ação, afirmando apenas que ela ocorreu na costa do país.
- Trump também não quis comentar se a operação foi conduzida pelas Forças Armadas ou pela Agência Central de Inteligência (CIA).
- O Pentágono não divulgou informações sobre o ataque, e o governo da Venezuela não se pronunciou sobre as declarações do presidente dos Estados Unidos.
Nos últimos meses, Trump já havia dito que os EUA poderiam realizar ataques contra infraestrutura do narcotráfico em território venezuelano, como parte da campanha contra cartéis na região.
Por outro lado, ao longo desse período, o governo da Venezuela tem classificado as ações de Trump como imperialistas e afirma que os EUA tentam tomar o controle do petróleo do país e derrubar o governo de Nicolás Maduro.
Veja abaixo os principais marcos da escalada de tensões entre Estados Unidos e Venezuela nos últimos quatro meses.
Trump e Maduro — Foto: AP Photo/Evan Vucci; Reuters/Leonardo Fernandez
Os Estados Unidos dobraram para US$ 50 milhões a recompensa por informações que levem à prisão ou condenação de Nicolás Maduro. Pouco depois, navios de guerra e um submarino nuclear foram enviados ao Mar do Caribe, marcando o início do reforço militar na região.
No dia 19 de agosto, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que o governo Trump usaria “toda a força” contra o regime venezuelano.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante coletiva de imprensa em 1º de setembro de 2025 — Foto: REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria
No dia 2, os Estados Unidos realizaram o primeiro ataque contra um barco supostamente carregado com drogas no Mar do Caribe. A partir desse episódio, ações em mar aberto se tornaram frequentes e passaram a ocorrer também no Oceano Pacífico.
No fim do mês, o governo da Venezuela decretou estado de exceção, concedendo poderes especiais ao presidente Nicolás Maduro em caso de “agressão” por parte dos Estados Unidos.
Donald Trump em pronunciamento na Casa Branca, em 15 de outubro de 2025 — Foto: ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP
Trump anunciou ter autorizado operações da CIA na Venezuela relacionadas à campanha contra o narcotráfico e admitiu a possibilidade de ataques terrestres. Semanas depois, afirmou que havia alvos localizados em território venezuelano.
No mesmo período, a imprensa americana passou a reportar que o objetivo final da operação dos EUA no Caribe seria derrubar o governo Maduro, com base em relatos de autoridades americanas que falaram sob condição de anonimato.
No dia 15 de outubro, três bombardeiros B-52 fizeram um voo em uma região muito próxima da Venezuela. As aeronaves sobrevoaram a chamada “FIR” — sigla em inglês para Região de Informação de Voo.
Porta-aviões USS Gerald Ford, navio principal do grupo de ataque USS Gerald Ford da Marinha dos Estados Unidos. — Foto: Alyssa Joy/Marinha dos Estados Unidos
No início do mês, o USS Gerald Ford, considerado o maior porta-aviões do mundo, chegou ao Mar do Caribe. A embarcação tem capacidade para transportar até 90 aeronaves, entre caças e helicópteros.
EUA interceptam 2º petroleiro e aumentam pressão sobre Maduro — Foto: Reprodução
Nesta segunda-feira, no mesmo dia em que Trump confirmou o ataque em solo venezuelano, o Departamento de Guerra anunciou o 30º bombardeio contra barcos suspeitos de transportar drogas.
Ao todo, até agora, a operação norte-americana atingiu 31 embarcações e deixou 107 mortos, segundo dados divulgados pelo governo dos EUA.

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