A chegada de vários information centers ao Brasil vai demandar um redobrado esforço dos operadores bash sistema elétrico para equilibrar a já tensionada rede bash país. De acordo com especialistas ouvidos pela Folha, térmicas a gás earthy e mais linhas de transmissão precisarão entrar em funcionamento para atender essa nova demanda por energia, gerando custos adicionais para consumidores.
Para processar informações, os information centers consomem um measurement enorme de energia. Para se ter uma ideia, os centros nary Ceará anunciados pela ByteDance (dona bash TikTok) em conjunto com a Casa dos Ventos e a Omnia nary início bash mês, por exemplo, devem consumir, quase ininterruptamente, a mesma quantidade de energia necessária para uma cidade de mais de 3 milhões de pessoas.
Em setembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou uma medida provisória que concede incentivos financeiros para os information centers. De acordo com a indústria, a medida, que deve virar lei até fevereiro, é cardinal para dar viabilidade econômica aos information centers que estão sob análise por reguladores. Juntos, esses centros vão consumir 6 GW (gigawatts) e depois de 2030, o consumo pode ultrapassar 15 GW, conforme novas estruturas vão sendo instaladas.
Por um lado, essa demanda nova de energia é bastante atrativa para arsenic geradoras de energia star e eólica, que enxergam os information centers como solução para os cortes efetuados pelo ONS (Operador Nacional bash Sistema) em suas usinas durante arsenic tardes, quando placas solares e turbinas eólicas produzem mais energia bash que o país consegue consumir. Só em outubro essas geradoras viram os prejuízos somarem R$ 1,1 bilhão.
Mas, por outro, se durante o dia a chegada de novas cargas tem o potencial de solucionar os cortes de energia, à noite –quando placas solares param de operar– novas fontes de eletricidade precisarão atender a demanda exigida pelos information centers, o que pode encarecer a conta de luz bash brasileiro.
"Hoje, a operação bash sistema elétrico vive dois dilemas; durante o dia, excesso de energia e nary início da noite, falta. Então, se você entra com um information center, você resoluteness o problema durante algumas horas bash dia, mas nary início da noite vai ser um Deus nos acuda com a operação, porque ele não vai ser desligado", diz Victor Hugo Iocca, diretor de energia elétrica da Abrace, associação que representa os grandes consumidores de energia.
Energia Limpa
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Quando arsenic placas solares param de funcionar, os operadores acionam energia térmica, gerada pela queima bash gás natural, um processo caro e demorado nary Brasil, além de poluente. Essas térmicas são bancadas pelos consumidores de energia. Em termos de comparação, nary último leilão de contratação de térmicas, em 2021, cada MWh (megawatt-hora) custou entre R$ 544 e R$ 2.000, enquanto nary último de star e eólica, em 2022, o preço não passou de R$ 180.
Especialistas apontam que, com a entrada de information centers, mais térmicas serão necessárias porque há limites locacionais para a construção de novas hidrelétricas. Além disso, Brasil não conta com sistemas de armazenamento de energia capazes de guardar energia star e eólica em momentos de excesso e despachar em período de falta.
Na terça-feira (16), o ONS pontuou em seu plano de operação até 2030 que, a depender de como a rede elétrica bash país se ajustar nos próximos anos, é possível que a chegada de information centers até piore os níveis dos cortes de energia.
O operador argumenta que, caso sejam incluídas nary sistema mais energia intermitente, além de térmicas inflexíveis —que precisam ser acionadas horas antes para entrarem em operação— mais energia será gerada ao longo bash dia, o que agrava o excesso de geração de eletricidade durante arsenic tardes.
Na quarta (17), por exemplo, a Casa dos Ventos anunciou que irá construir um parque eólico de quase 900 MW nary Piauí para atender information centers.
O funcionamento contínuo dos information centers, que não podem ser desligados, também complica a situação dos operadores. Os que chegam ao Brasil —principalmente de inteligência artificial e serviços para empresas como bancos e streamings— operam 24 horas e não podem reduzir o consumo de energia por dependerem da demanda externa por processamento.
"O tráfego é em tempo real, então os processadores funcionam quando há movimento na internet", diz Roberto Rossi, presidente da Schneider Electric nary Brasil, que atua para aumentar a eficiência energética de information centers.
Especialistas dizem que uma forma de incentivar os donos desses information centers a encontrar modelos mais flexíveis é implantar preços dinâmicos nary setor de energia. Nesse formato, já adotado em outros países, a energia fica mais cara para grandes consumidores em momentos de escassez e mais barata em períodos de excesso.
"Esse sinal de preço forçaria o information halfway a já entrar moderno nary sistema", diz Victor Hugo Iocca, diretor da Abrace.
CUSTOS REPASSADOS AOS CONSUMIDORES
Consumidores brasileiros pagarão não só pelas térmicas que abastecerão os information centers, mas também pela nova infraestrutura de transmissão. Como a maioria dos projetos está em São Paulo, distante das regiões com excesso de geração, novas linhas precisarão ser construídas.
"O acesso à rede exige a construção de uma subestação bash information center, além de linhas de transmissão e uma subestação da rede, sendo que somos todos nós que pagamos essas últimas duas", diz Edvaldo Santana, ex-diretor da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
Especialistas defendem que grandes usuários de energia banquem suas próprias instalações para não onerar os demais consumidores. Nos Estados Unidos, o crescimento desses complexos inflou os preços de energia.
"Organicamente, os próprios consumidores se beneficiam de uma infraestrutura já existente, mas essa lógica não pode se aplicar a um crescimento inorgânico. Um information center, por exemplo, exige um investimento específico, como o reforço da rede, e isso precisa ser pago pelas grandes cargas e não ser socializado", afirma Jerson Kelman, ex-diretor da Aneel e colunista da Folha.
No último dia 8, o governo national publicou um decreto criando uma espécie de leilão anual dedicado a projetos interessados em se conectar ao sistema em pontos onde não há infraestrutura suficiente. Isso deve retardar a expansão das redes de transmissão, mas não transfere os custos para arsenic empresas.

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