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Decisão de Moraes sobre Zambelli mostra Judiciário que cria a própria lei, diz Bia Kicis

A deputada federal Bia Kicis (PL-DF) criticou a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), de determinar a perda do mandato da bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP), menos de 24 horas depois de a Câmara ter rejeitado a cassação da parlamentar.

"A decisão do ministro Alexandre sobre Carla Zambelli nos mostra, outra vez, um Judiciário que deixou de aplicar a lei e passou a criar sua própria lei para interferir na política", diz. "Quando um ministro substitui a Constituição por seus pensamentos, não há Justiça, há abuso de poder."

Na madrugada de quinta-feira (11), a Câmara manteve o mandato de Zambelli. O placar da votação foi de 227 a 170. Para ser cassada, ela precisaria ter recebido no mínimo 257 votos. A parlamentar foi condenada, em maio, à perda de mandato e a dez anos de prisão pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por invadir o sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) com ajuda do hacker Walter Delgatti Neto, também condenado. Ela está presa na Itália, para onde fugiu.

Bia Kicis afirma que o resultado da votação "foi uma grande surpresa" porque "teve muita gente que trabalhou pela cassação dela". "Mas seria uma grande injustiça e seria também uma abertura de um precedente extremamente perigoso", argumenta.

Na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), partidos como o União Brasil trocaram seus membros para que o parecer do deputado Diego Garcia (Republicanos-PR) a favor da manutenção do mandato de Zambeli fosse rejeitado.

Bia Kicis elogia o parecer de Garcia e afirma que ele fez um relatório primoroso. "Examinamos os autos por inteiro e não há nenhuma prova contra a Carla Zambelli de que ela teria contratado o hacker. Não existe essa prova", argumenta.

Para a parlamentar, a decisão da Câmara pode ser fundamental para que ela seja liberada na Itália. "Lá na Itália, o julgamento dela é dia 18. E ela vai poder levar a informação de que a Câmara dos Deputados não concordou com a cassação dela porque sabe que a punição dela, que a condenação é fruto de perseguição política", diz.

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