2 horas atrás 2

Dentro ou fora da geladeira: veja como guardar as sobras do Natal

As festas de fim de ano são marcadas por mesas fartas e encontros com familiares e amigos. No entanto, quando a celebração termina, quase sempre surge a dúvida: o que fazer com as sobras da ceia? Entre pratos clássicos como peru, pernil, saladas, arroz e sobremesas, muita gente ainda se pergunta o que realmente precisa ir para a geladeira e o que pode ficar fora sem oferecer riscos à saúde. Afinal, sem esse cuidado, a ceia pode acabar no lixo ou até causar episódios de intoxicação alimentar, principalmente quando os alimentos passam horas expostos ao calor Pensando nisso, o TechTudo preparou um guia com orientações práticas sobre o que fazer, de forma segura, com as sobras do Natal e Ano Novo. Confira!

Sobrou comida do Natal? Veja o que fazer

Descubra o que deve ir direto para a geladeira, o que pode ficar fora por um tempo, o prazo seguro para consumo e como reaquecer os alimentos com segurança.

O que precisa ir para a geladeira imediatamente?
O que pode ficar fora da geladeira e por quanto tempo?
Quando o alimento deve ser descartado?
Prazo seguro para consumo das sobras
Como reaquecer os alimentos de forma segura?

1. O que precisa ir para a geladeira imediatamente?

Especialistas em segurança alimentar e órgãos de saúde, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), recomendam que sobras de alimentos perecíveis sejam refrigeradas em até duas horas após o preparo ou o fim da refeição. Já o Ministério da Saúde orienta que preparações prontas e sobras sejam guardadas sob refrigeração (abaixo de 5 °C) e aquecidas antes de consumir para evitar contaminação por microrganismos nocivos à saúde.

Entre esses alimentos estão carnes, aves, peixes, molhos, saladas com maionese, arroz e outros pratos cozidos em geral. O objetivo é evitar que os alimentos permaneçam na chamada “zona de perigo”, entre 5 °C e 60 °C, faixa em que as bactérias se multiplicam rapidamente.

Ao guardar na geladeira, o ideal é dividir as porções em recipientes rasos e com tampa, o que ajuda os alimentos a esfriarem mais rápido e permite que o ar frio alcance o centro das preparações de forma eficiente. Assim, coloque as seguintes comidas na geladeira:

Carnes assadas (peru, chester, frango, porco, tender): devem ser desossadas, cortadas ou fatiadas em porções menores e armazenadas em recipientes hermeticamente fechados;
Arroz, farofa e massas: guardar em potes fechados;
Maionese, salpicão, saladas com molhos, creme de leite ou ovos: itens são altamente perecíveis e devem ficar o menor tempo possível fora da geladeira;
Queijos, frios e embutidos: guardar em potes fechados;
Sobremesas com creme, leite condensado, chantilly ou ovos: como a maionese se salpicão, essas sobremesas são altamente perecíveis e devem permanecer o menor tempo possível fora da geladeira;
Rabanada: guardar em recipiente fechado;
Bolinho de bacalhau, empadão, salgados fritos ou assados: armazenar sob refrigeração em recipiente fechado para evitar a contaminação cruzada;
Frutas já cortadas: guardar em potes fechados para evitar a contaminação cruzada.

2. O que pode ficar fora da geladeira e por quanto tempo?

Existem alimentos que não exigem refrigeração imediata, especialmente itens secos ou naturalmente mais estáveis, que lidam melhor com curtos períodos fora da geladeira. É o caso de produtos assados sem cremes, itens industrializados lacrados e frutas inteiras. Alguns exemplos são:

Panetone, pães e torradas;
Bolos simples, sem recheios ou coberturas cremosas;
Chocolates e bombons;
Frutas inteiras, desde que não estejam cortadas;
Frutas secas e castanhas;
Biscoitos e doces de confeitaria que não levam creme na composição;
Vinhos e bebidas ainda lacrados ou não abertos.

Mesmo sem a necessidade de refrigeração imediata, esses alimentos não estão totalmente livres de cuidados. Eles devem ser mantidos em local limpo, seco e arejado, longe de fontes diretas de calor, como fogão ou forno elétrico, e sempre protegidos de insetos, poeira e umidade.

3. Quando o alimento deve ser descartado?

A regra prática é simples: se a comida passou mais de duas horas fora da geladeira, ou mais de uma hora em temperaturas muito altas, o descarte é a opção mais segura. Em cenários de calor e umidade, bactérias como Salmonella, Escherichia coli e Staphylococcus aureus podem se multiplicar rapidamente, muitas vezes sem alterar o cheiro, a cor ou a textura dos alimentos. Por isso, confiar apenas na aparência pode ser perigoso.

Grupos mais vulneráveis, como crianças pequenas, idosos e pessoas com o sistema imunológico fragilizado, têm maior risco de complicações, e quadros mais graves podem exigir atendimento médico e hospitalização. Além disso, alimentos com cheiro forte de azedo ou textura viscosa também devem ser descartados, pois esses sinais costumam indicar deterioração avançada.

Nas festas de fim de ano, alguns pratos exigem atenção extra e não devem ser reaproveitados se ficarem expostos ao calor por tempo prolongado. São eles:

Arroz à grega ou qualquer arroz misturado a ingredientes perecíveis, como carnes, ovos ou maionese;
Peixes frescos, camarão e frutos do mar;
Maionese e molhos caseiros à base de ovos, leite ou ingredientes refrigerados;
Salpicão e preparações similares que levam frango desfiado, maionese ou creme;
Pudim, pavê e sobremesas cremosas em geral;
Sucos naturais e bebidas não industrializadas, sem conservantes e já abertos ou servidos.

4. Prazo seguro para consumo das sobras

Depois de refrigeradas da forma correta, as sobras das ceias de Natal ou Ano-Novo podem ser consumidas com segurança em até 3 a 4 dias. Após esse período, mesmo na geladeira, o alimento pode se tornar impróprio devido à multiplicação de bactérias. Se não houver previsão de consumo dentro desse prazo, o ideal é congelar, o que ajuda a preservar sabor, textura e qualidade por 2 a 4 meses, dependendo do prato e da embalagem utilizada.

No freezer, é importante armazenar a comida em embalagens próprias para congelamento, bem vedadas para evitar a entrada de ar e a formação de cristais de gelo. Etiquetar os potes com data e nome do prato facilita a identificação e ajuda no planejamento do consumo, reduzindo as chances de desperdício.

Independentemente do método de armazenamento, as sobras devem ser descartadas caso apresentem alterações no cheiro, textura, sinais de mofo ou contaminação, mesmo que ainda estejam dentro do prazo recomendado.

5. Como reaquecer os alimentos de forma segura

Reaquecer as sobras do jeito certo faz toda a diferença para evitar problemas de saúde. O ideal é que os alimentos cheguem a 74 °C no centro, temperatura capaz de reduzir bastante o risco de bactérias que causam intoxicação. Por isso, no fogão ou no forno, lembre-se de tampar ou cobrir o prato para ajudar o calor a se espalhar melhor. Já no micro-ondas e na air fryer, vale pausar o aquecimento algumas vezes para mexer a comida e evitar partes que esquentam menos.

Para completar, evite reaquecer o mesmo alimento várias vezes, aqueça porções menores quando houver muita sobra e não deixe a comida esfriar fora da geladeira por muito tempo.

Com informações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mayoclinic.org, heart.org e fsis.usda.gov.

confira o melhor CELULAR, TV, AIR FRYER e mais vencedores!