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Deputada federal se compara a ícones da resistência ao comunismo em email

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Depois de anunciar que deixou o Brasil, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) lançou uma newsletter na qual justifica a decisão se comparando ao russo Aleksandr Soljenítsin e o polonês Lech Wałesa, figuras emblemáticas da resistência a regimes comunistas.

Ela foi condenada a dez anos de prisão no último dia 9 de maio pela Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal), sob a acusação de ter comandado uma invasão aos sistemas institucionais do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Seus advogados recorrem da decisão.

"Assim como dissidentes de regimes autoritários no século 20 buscaram apoio fora de seus países —de Soljenítsin na União Soviética a Lech Walesa na Polônia comunista—, os perseguidos brasileiros hoje falam de solo estrangeiro para proteger as liberdades fundamentais da nação", diz a newsletter da deputada.

Soljenítsin foi um escritor e dissidente russo que denunciou os horrores do regime soviético, especialmente o sistema de campos de trabalho forçado. Já Wałesa foi um operário e líder sindical que fundou o Solidariedade, primeiro sindicato livre no bloco soviético, e depois se tornou presidente.

O texto afirma que, "diante do silêncio cúmplice da diplomacia oficial brasileira", Zambelli "passa a integrar o que poderíamos chamar de 'diplomacia paralela dos perseguidos'", ou um "eixo transatlântico contra a tirania".

O email não cita nominalmente Eduardo Bolsonaro (PL-SP), mas diz que Zambelli se junta "a outros exilados brasileiros, como o jornalista Allan dos Santos, que consolidou nos Estados Unidos uma base de denúncia contra a censura, a repressão política e a instrumentalização do Judiciário no Brasil".

"Expandir esse trabalho para a Europa significa ampliar a visibilidade do problema brasileiro em instituições como o Parlamento Europeu, o Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra e, sobretudo, nos bastidores da diplomacia internacional onde o Brasil tem buscado apoio para sua narrativa oficial de 'proteção à democracia'", completa.

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