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Apesar de estar em uma fase inicial, se preparando para definir um escopo de projeto e eventual fonte de recursos, o governo gaúcho pretende começar antes do final do ano a realização do Plano Estadual de Mineração. A ideia vem em um momento que o Rio Grande do Sul verifica a perspectiva de diversificar os minerais explorados em seu território (atualmente os principais bens produzidos nesse segmento no Estado são: carvão, rochas britadas, água mineral, calcário e areia).
No momento, há três empreendimentos de mineração sendo conduzidos no Estado, que devem entrar em operação até 2028 e representar investimento superior a R$ 2 bilhões. Trata-se dos projetos Fosfato Três Estradas (para explorar fosfato em Caçapava do Sul e Lavras do Sul), Retiro (titânio, em São José do Norte) e Lavras Gold (ouro, em Lavras do Sul). O coordenador do Comitê da Indústria Mineral (Comin) da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs),Eduardo Machado, reforça que os gaúchos possuem um ótimo potencial nesse setor, mas ele é pouco divulgado e explorado.
Conforme informações repassadas pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (SEMA), a partir de dados do Sistema Cadastro Mineiro da Agência Nacional de Mineração (ANM), um dos minerais que mais têm pedidos de lavra no Rio Grande do Sul hoje é o titânio, com 39 solicitações. Já quanto à requisição de pesquisas, um dos destaques é o fosfato, com 102 propostas. Por sua vez, o ouro tem 44 requerimentos de pesquisa e sete para lavras. Enquanto a pesquisa trata-se do levantamento do potencial de determinado mineral em uma região, a lavra consiste na permissão para a sua exploração.
O integrante da Fiergs ressalta que um plano estadual de mineração é um compromisso de governo para apontar as possibilidades nesse campo da economia do Rio Grande do Sul, com as vocações regionais e de municípios. Com esse documento, seria possível, frisa Machado, estipular diretrizes e traçar um planejamento estratégico para a mineração.
Com o plano efetivado, o coordenador do Comin enfatiza que o Estado poderá estabelecer políticas de ordenamento territorial para evitar que a expansão de zonas urbanas ocorra em cima de importantes jazidas. Para o dirigente, é preciso desmistificar visões negativas sobre a atividade. “No contexto dos desastres ambientais que ocorreram nas barragens de Brumadinho e Mariana, a mineração acabou estigmatizada”, argumenta.
Machado entende que os gaúchos não podem se dar ao luxo de não aproveitar seu potencial nessa área. “O solo do Rio Grande do Sul guarda respostas para crises que ainda tratamos na superfície”, afirma o dirigente. De acordo com dados do governo gaúcho, a indústria mineral no Rio Grande do Sul movimentou mais de R$ 2,8 bilhões em valor de produção comercializada, em 2023, representando 2,3% da indústria estadual.
Levantamento de requerimentos de pesquisa e de lavra no RS.
Data: 15/07/2025
Cobre
Requerimento de pesquisa: 70
Requerimento de Lavra: 6
Manganês
Requerimento de pesquisa: 0
Requerimento de Lavra: 0
Fosfato
Requerimento de pesquisa: 103
Requerimento de Lavra: 2
Terras Raras
Requerimento de pesquisa: 3
Requerimento de Lavra: 0
Titânio
Requerimento de pesquisa: 15
Requerimento de Lavra: 39
Ferro
Requerimento de pesquisa: 2
Requerimento de Lavra: 0
Ouro
Requerimento de pesquisa: 44
Requerimento de Lavra: 7
Fonte: Sema/Sistema Cadastro Mineiro – ANM.
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