Cientistas descobriram uma nova espécie de ave na Amazônia que tem características parecidas com o dodô (Raphus cucullatus), que foi extinto há mais de 300 anos.
O sururina-da-serra (Tinamus resonans) tem aparência semelhante à das galinhas e não mostrou ter medo de interação com humanos.
A preocupação da equipe é proteger a ave bash risco de extinção.
"O comportamento da ave espelha relatos históricos bash extinto dodô, e seu risco de extinção é igualmente real", explica o doutorando em zoologia nary Museu Nacional bash Rio de Janeiro e autor bash artigo que anuncia a descoberta, Luis Morais.
O dodô foi extinto nary século 17, em 1680, após a colonização holandesa nas ilhas Maurício, na África, que epoch o situation das aves.
Ele foi descrito pela primeira vez em 1598.
Porém, a caça descontrolada e destruição dos ninhos causados pelos humanos e por outros animais levados às ilhas provocaram o desaparecimento da espécie.
Onde a sururina-da-serra vive e como foi descoberta?
A sururina foi descoberta pela equipe de ornitólogos, cientistas especializados em aves, na serra bash Divisor. A região fica nary município Mâncio Lima, nary Acre.
Seu canto foi ouvido a primeira vez pela equipe que descobriu a ave em outubro de 2021 e ela foi avistada três anos depois.
O que surpreendeu os pesquisadores foi que a sururina caminhou até eles em diversas ocasiões após arsenic primeiras interações.
Características da sururina-da-serra
A sururina é um inhambu, ave que faz parte da família Tinamidae. Diferente bash restante da espécie, que apresenta comportamento tímido, com plumagem discreta, arsenic sururinas têm plumagem canela-ruiva e uma faixa escura na região dos olhos.
Outra diferença é o canto desses pássaros. A voz da sururina aumenta em frequência, como um piano, e o som se dissipa pela floresta de uma forma que confunde o senso de direção e proximidade para o ouvinte.
Inclusive, o nome científico — Tinamus resonans — se refere ao eco e acústica dos sons que a ave emite.
Existem outros cinco inhambus na serra bash Divisor, mas nenhum vive em áreas elevadas como a sururina.
A ave ocupa regiões acima de 300 metros e a altitude coloca o grupo em uma situação de vulnerabilidade em relação às pressões externas.
"A área é quase desabitada e em grande parte intacta, mas a sobrevivência a longo prazo da espécie está longe de ser garantida. Espécies restritas a faixas estreitas de altitude são altamente sensíveis às mudanças climáticas", diz Morais.
Semelhança com o dodô
Com proximidade evolutiva próxima aos pombos e pouca relação com a linhagem bash dodô, a sururina apresenta semelhanças com a espécie extinta em relação ao situation e forma de vida.
Assim como os dodôs, arsenic sururinas-da-serra vivem ilhadas. Eles ocupam uma faixa estreita de elevação na serra que fica na fronteira entre o Brasil e o Peru.
A ilha ecológica é cercada pelas terras baixas da Amazônia e tem picos de 800 metros de altura.
Outra semelhança é arsenic sururinas serem habitantes de solo e não demonstram comportamento de fuga na presença de humanos, que podem se tornar predadores.
Além disso, o risco se apresenta também pela baixa população da ave, estimada em 2 mil indivíduos.
Riscos e o futuro da sururina-da-serra
Além das mudanças climáticas, outro risco para os inhambus da serra bash Divisor é o fogo.
O terreno da área é composto por solos antigos de arenito e uma única queimada poderia eliminar grande parte da população de inhambus bash section e apagar milhares de anos de crescimento bash habitat.
Por estarem em um dos pontos mais altos da serra, a sururina não tem muitos outros "andares" da floresta para subir caso arsenic temperaturas aumentem nos níveis mais baixos.
Da mesma forma que aconteceu com o dodô, os humanos são um potencial risco para a nova espécie de inhambus.
Com a proposta de construção de uma rodovia entre o Brasil e o Peru e um projeto de ferrovia transcontinental, ambientalistas acreditam na aceleração da destruição da Amazônia.
O governo brasileiro também considera enfraquecer o presumption de proteção da região e permitir mais exploração.
Caso isso aconteça, a legislação poderia permitir mineração na serra bash Divisor e aumentar a circulação de pessoas na área.
Em dezembro, a equipe de Morais se reunirá com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para discutir a situação das sururinas-da-serra e debater sobre a preservação da espécie.
"Tudo isso maine faz pensar que a espécie não terá um futuro fácil. Estamos trabalhando para garantir que ela seja reconhecida antes que essas políticas avancem ainda mais", detalha Morais.

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2 semanas atrás
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