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Dólar cai a R$ 5,40 e Bolsa reage à decisão sobre juros no Brasil e nos EUA

O mercado tem dúvidas sobre futuras reduções de juros nos EUA. Após o anúncio, o presidente do Fed, Jerome Powell, descartou a elevação da taxa, mas reforçou que a inflação segue acima da meta e que as próximas decisões serão determinadas pelos indicadores da economia.

No Brasil, o Banco Central manteve a taxa básica Selic em 15% ao ano. Dessa forma, a diferença entre os juros de referência das duas economias aumentou. Isso amplia a vantagem para os rendimentos das aplicações brasileiras ante as americanas. "Quando o Fed corta juros nos EUA e a Selic fica estável, passamos a observar um fluxo crescente de capital buscando oportunidades em outros mercados, incluindo emergentes —e o Brasil entra nesse pacote. Esse mesmo fluxo de capital é, em parte, responsável pela queda do dólar de 14% no ano", explica Sérgio Samuel dos Santos, analista de investimentos do Sistema Ailos.

Bolsa sobe

O Ibovespa abriu pregão com leve baixa, mas subiu ao longo do dia. Na parte da manhã, o principal índice de ações da Bolsa operava com variação negativa de 0,23% ante o fechamento da véspera, a 158.714 pontos, devolvendo parte do ganho apurado na véspera, quando o indicador subiu 0,69%. A partir do meio-dia, o Ibovespa passou a subir com apoio das ações da Vale e do setor financeiro. Às 17h37, subia 0,29% aos 159.540 pontos.

Como o Banco Central manteve uma comunicação dura, repetindo que a política contracionista de juros segue por um período bastante prolongado. Isso reduz a chance de cortar os juros na próxima reunião, de janeiro. Por isso, a abertura dos mercados sentiu um pouco esse tom duro.
Marcelo Bolzan, planejador financeiro e sócio da The Hill Capital

O corte de juros no Brasil é bom para a Bolsa. Ainda que a redução da Selic fique para março ou mais adiante, é quase consenso a expectativa de que a política monetária sera afrouxada no Brasil, dizem profissionais de mercado. Projeções captadas pelo Boletim Focus, do Banco Central, estimam que a taxa básica vai encerrar 2026 em 12,25%.

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