Dólar fecha a R$ 5,52 e Ibovespa opera em torno dos 157 mil pontos

Ibovespa segue em queda. O principal índice de ações da Bolsa brasileira mantém nesta quarta-feira a tendência negativa que marcou o pregão da véspera, especialmente no período da tarde. Depois de abrir em baixa, o Ibovespa seguia recuando 0,91%, a 157.132 pontos por volta das 17h17.

Movimento de queda foi influenciado pelo cenário eleitoral. A queda do Ibovespa se intensificou após a divulgação da pesquisa Genial/Quaest, mostrando o Presiente Lula bem colocado na disputa em relação a seus adversários de direita, vencendo qualquer um dos rivais.

Ministro da Fazenda criticou mercado por "tensão artificialmente construída". Falando durante a reunião ministerial de hoje, no fim da manhã, Fernando Haddad disse que agentes de mercado ignoram avanços da atual gestão na política fiscal do atual governo, que herdou um déficit contratado de mais de R$ 160 bilhões por ano por conta de medidas tomadas no último ano da gestão anterior.

Trajetória de juros também é fonte de incerteza. Além da leitura de que a disputa presidencial em 2026 gera dúvidas sobre a econmomia brasileira, profissionais de mercados dizem que a política monetária também está no radar. A ata do Copom, divulgada ontem pelo Banco Central, não sinalizou o início do corte de juros já em janeiro.

Temos influência de um movimento de realização de lucros e de cautela por parte dos investidores. O Ibovespa chegou a estar subindo quase 35% no ano, então, quando surgem fontes de incertezas, ainda mais nessa época final do ano, o investidor aproveita para colocar parte dos ganhos apurados no bolso.
Alison Correia, analista de investimentos e co-fundador da Dom Investimentos

Preço do petróleo também gera preocupação, após cair ao menor valor desde 2021. O barril do Brent, referência internacional para o combustível, fechou a terça-feira com queda de 2,7%, cotado a US$ 58,92. Já o WTI, produzido nos Estados Unidos, a queda foi de 2,8%, para US$ 55,27. O movimento é motivado pelo eventual acordo de paz entre Rússia e Ucrânia, que aumentam as chances de excesso de oferta de petróleo russo.