Dólar tem alta próxima de 1% e fecha o dia valendo R$ 5,58; Bolsa cai 0,19%

Alta foi atribuida a envio de recursos por empresas e fundos para o exterior. Com a agenda econômica esvaziada e o Congresso em recesso, movimento do mercado chamou atenção. A corrida se intensificou porque, a partir de janeiro de 2026, remessas internacionais perderão a isenção de imposto de renda e passarão a ser tributadas em 10%. Também será aplicada a mesma alíquota sobre dividendos acima de R$ 50 mil mensais.

Na última sexta-feira, Banco Central ofertou US$ 2 bilhões em leilões de linha para atender à demanda por dólares neste fim de ano. Segundo operadores, muitos investidores estão antecipando transferências para evitar a nova tributação.

Durante a tarde, moeda chegou à máxima intradia de R$ 5,6075, alta de 1,39%. O movimento ocorreu na contramão do cenário externo, onde o dólar recuava, especialmente frente ao iene, após sinais de possível intervenção do governo japonês. Às 17h09, o índice que mede o desempenho da divisa frente a seis moedas caía 0,46%, para 98,245.

Ibovespa fechou em leve queda. Em uma semana mais curta em razão do Natal, a Bolsa brasileira acabou pressionada pelo avanço dos juros futuros. A B3 se movimentou na contramão da Bolsa de Nova York, que operou por todo o dia.

Bolsa registrou 158.179,20 pontos. Índice marcou, segundo dados preliminares, 157.305,76 na mínima e 158.633,98 pontos na máxima do dia. Ganhos nos papéis da Vale e Petrobras impediram que a perda fosse maior.

Pela manhã, boletim Focus elevou projeção para o dólar no fim de 2025 de R$ 5,40 para R$ 5,43. Para 2026, foi mantida o cálculo de R$ 5,50. A estimativa de inflação caiu para 4,33% este ano e 4,06% no próximo. Também foi divulgada alta real de 3,75% na arrecadação federal em novembro, somando R$ 226,753 bilhões, recorde para o mês desde 1995.