Drone profissional x drone barato: quais são as principais diferenças?

O Drone serve para difersas funções, mas, além disso, seu horizonte de atuação têm aumentado à medida que a demanda pelo dispositivo fica mais específica. Se, em seu passado remoto, a aeronave não tripulada era utilizada quase que exclusivamente para fins militares, principalmente em missões que eram perigosas demais para pilotos humanos, hoje é possível vê-lo incorporado às mais diferentes áreas. Seus aspectos de construção permitem desde registros cinematográficos e fotos panorâmicas até a inspeção de terrenos, edificações e infraestruturas industriais.

Além dessas aplicações, os drones são cada vez mais utilizados para transporte e logística, com testes para entrega de mercadorias e suprimentos em locais remotos. No entretenimento, são usados ​​para capturar cenas aéreas, e até mesmo em competições de corrida de drone. Em resumo, a sua característica personalizável faz com que o seu uso seja útil tanto para fins recreativos quanto para a uma atuação específica em diferentes setores profissionais.

Com um abismo de diferença no valor, é claro que drones profissionais e drones baratos seriam destinados a públicos diferentes. O público-alvo dos drones profissionais é composto por empresas e trabalhadores que necessitam de equipamentos de alta precisão, mas também desempenho para atividades específicas. Esses usuários buscam modelos com maior autonomia, sensores avançados e recursos como câmeras de alta resolução, além de GPS de precisão e resistência a condições adversas.

Já os drones de consumo atendem ao público em geral, formado por entusiastas da aviação remota, fotógrafos amadores e pessoas que desejam explorar novas perspectivas visuais. Esses modelos são mais acessíveis e focados na experiência do usuário, priorizando facilidade de pilotagem, controles intuitivos e câmeras com boa resolução para captar imagens aéreas de qualidade.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) define os drones em dois grupos: os aeromodelos e as aeronaves remotamente pilotadas (RPA). Conforme o entendimento da autarquia, a diferença básica entre esses dois grupos é a finalidade do uso: enquanto o aeromodelo é utilizado para fins meramente recreativos ou de competição, ao RPA cabe às finalidades profissionais.

Para isso, a agência determina que aeromodelos com peso máximo de decolagem de 250 gramas – incluindo o peso da bateria e eventual carga – não precisam ser cadastrados junto à ANAC. Para os dispositivos que ultrapassarem o limite de peso e operarem além da linha visada visual ou acima dos 400 pés do nível do solo, o piloto deverá possuir licença e habilitação, o chamado Certificado de Aeronavegabilidade Especial de RPA – CAER.

A autonomia de bateria dos drones varia de acordo com a finalidade de uso, ou seja, o tempo que ele precisa ficar no ar para executar determinada tarefa. Modelos profissionais, mesmo geralmente mais pesados ​​e equipados com sensores avançados, podem voar por até uma hora ininterrupta, graças a baterias de maior capacidade e sistemas de otimização de energia. Já os drones de consumo, mais leves e acessíveis, geralmente oferecem voos entre 20 e 30 minutos.

A distância máxima de voo dos drones também varia conforme a aplicação, sendo maior nos modelos profissionais, que precisam cobrir grandes áreas para mapeamento, inspeções e monitoramento, alcançando até oito km. Já os drones de consumo, específicos principalmente para lazer e captação de imagens, têm um alcance menor, geralmente entre três e seis km. Isso é suficiente para proporcionar uma boa experiência ao usuário sem comprometer o controle e a segurança do equipamento.

Se em outros quesitos a diferença entre drones profissionais e mais baratos é muito grande, no quesito imagem a competição fica um pouco mais acirrada. Isso porque, mesmo que drones profissionais contem com lentes de sensores para imagens maiores, que conseguem capturar uma maior quantidade luminosidade em situações de pouca luz, drones de consumo podem oferecer imagens de boa qualidade.

No que diz respeito a recursos e software, os dispositivos mais baratos tendem a focar em modos para iniciantes, que permitem a captura de imagens de boa qualidade para pilotos com pouca experiência, oferecendo boa integração com periféricos como smartphones e tablets. Modelos profissionais, por sua vez, estão focados em softwares mais personalizados para funções específicas, além de contarem com um planejamento de voo mais complexo, que em alguns caso conta com mapeamento automatizado e modelagem 3D.

A segurança durante o voo de drones, como era esperado, também varia conforme a sua categoria, principalmente porque são equipamentos e responsabilidades distintas. Modelos profissionais utilizam sensores omnidirecionais e maior capacidade computacional para melhorar a prevenção de obstáculos em qualquer direção, o que os torna mais confiáveis ​​em operações complexas. Já os drones de consumo contam com sensores básicos de prevenção de colisões, que funcionam bem em condições normais de voo, mas oferecem proteção limitada em ambientes mais exigentes.

Como dito anteriormente, a ANAC divide o drone em duas categorias: aeromodelos, usados para fins recreativos, e os RPAs, utilizados para fins especializados. Para ambas, a agência determina que os pilotos mantenham as aeronaves no mínimo a 30 metros horizontais de distância das pessoas não anuentes ou não envolvidas com a operação e que cada pessoa só poderá operar um equipamento por vez.

Para aeronaves que tenham peso máximo de decolagem acima de 250 gramas ou que precisem operar acima dos 400 pés do nível do solo, ou seja, dispositivos considerados RPAs, é preciso que o piloto seja detentor do Certificado de Aeronavegabilidade Especial de RPA – CAER. Além disso, para esses casos o projeto da aeronave precisa estar aprovado em conformidade com os regulamentos da ANAC, que incluem avaliação de risco operacional.