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'E a rampa?', 'andada boa': idosos sofrem com mudança de local de votação

O que aconteceu

José Hilton foi votar de metrô e a falta de acessibilidade começou no trajeto. "No metrô Marechal, onde desci, já não tinha elevador, estava quebrado", contou. Com uma das pernas recém-amputadas, o idoso conseguiu sair da estação com a ajuda das escadas rolantes, mas na Faculdade Oswaldo Cruz nem isso tinha, completou.

Na faculdade você não tem uma rampa, um elevador? Será que não tem PcD aqui? Hoje em dia a acessibilidade é obrigatória. José Hilton

Ele subiu devagar, apoiado em duas muletas e no corrimão. "Sempre votei aqui, mas mudaram o número da minha seção", afirmou. Em 2026 ele votará no mesmo lugar.

Eleitores ouvidos pela reportagem afirmaram que não foram avisados que a zona eleitoral mudou de local. Um exemplo disso foi o candidato a vice-prefeito na chapa de Datena, José Aníbal (PSDB). Ele tem 77 anos e há 40 votava no mesmo local. "Uma confusão", contou enquanto acompanhava o voto do apresentador. "Filas enormes, me mandaram para três lugares diferentes. Demorei 50 minutos para saber onde votaria". Ao UOL, o TRE-SP afirmou que a mudança nos locais de votação foram divulgadas no site do órgão e enviada à imprensa.

Rose Rosa de Oliveira foi com a mãe de 74 anos votar. Ela andou alguns quarteirões para encontrar as zonas eleitorais das duas. Depois disso, decidiu ficar em frente à faculdade, orientando quem chegava para votar e estava tão perdido quanto elas. "O [colégio] Alarico estava caindo aos pedaços, muitos alunos fizeram manifestações na época, o estado precisou fechar a escola. Quem votava lá foi transferido para cá", explica a eleitora. "Essa situação demorou muito tempo para ser resolvida. E agora que terminou a reforma as pessoas estão voltando a votar lá, sem saber."

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