O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, defende a prioridade dada pelo governo Lula à discussão sobre o fim da escala 6x1 em 2026 e avalia ser possível reduzir imediatamente a jornada de trabalho das atuais 44 horas para 40 horas semanais, antes de iniciar uma diminuição gradativa até 36 horas.
Na semana passada, o próprio presidente afirmou que o país está pronto e a economia estão prontos para o fim da escala 6x1. No Congresso, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que o tema "com certeza" seria discutido no próximo ano.
No Congresso há duas frentes avançadas nessa discussão: um projeto na Comissão de Trabalho da Câmara que prevê escala 5x2 e jornada de 40 horas semanais e uma PEC (proposta de emenda à Constituição) pronta para apreciação no plenário do Senado que prevê máximo de 36 horas e dois dias de descanso remunerado.
Marinho afirma que o posicionamento do governo sobre a escala 6x1 é muito claro. "A escala 6x1 é mais cruel existente na face da Terra, em especial para as mulheres. E creio que o Brasil e a economia brasileira estão totalmente maduros para fazer a revisão da jornada máxima do país e, junto com isso, eliminar a escala 6x1", afirma.
O ministro argumenta que a melhoria na qualidade de vida dos trabalhadores teria reflexos na produtividade e no próprio ambiente de trabalho. "Nós estamos convencidos da importância de reduzir a jornada de trabalho sem redução do salário para melhorar a qualidade da relação do trabalho", afirma.
Para Marinho, uma redução drástica de 44 horas para 36 horas não seria viável. "Eu, pessoalmente, como ministro do Trabalho não vejo a possibilidade de reduzir de uma vez para 36 horas. Seria um impacto muito grande para o mercado de trabalho, para os custos das empresas, para ser absorvido de uma vez. Teria que fazer de uma forma gradativa", defende.
Por outro lado, ele vê condições de implementar um corte de quatro horas semanais já. "Na minha visão, se nós reduzirmos o trabalho imediatamente para 40 horas semanais e entrar num processo de estudo para gradativamente chegar às 36 horas, o governo não tem nenhuma restrição em trabalhar esse processo", diz.
Ele defende um entendimento entre trabalhadores e empregadores sobre o tema e também para viabilizar a escala 5x2. "Você tem que garantir o direito dos trabalhadores e garantir a necessidade do setor econômico", afirma.

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