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Economia bomba, mas cabo de guerra governo/BC prejudica

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Como o carregamento estatístico de um crescimento de 1,8%, no primeiro trimestre, levaria a uma alta de 2,6% do PIB, se a expansão fora zero nos demais trimestres do ano, a hipótese mais aceita, no momento, é de que, realmente, a marcha da atividade tende a desacelerar ao longo do ano.

No cenário mais provável, com desaceleração contínua ao longo do ano, a economia cresceria em torno de 2% em 2025 — a mais recente previsão do governo é de expansão de 2,5%. Uma redução de ritmo expressiva ante o avanço de 3,4% em 2024, mas ainda assegurando crescimento robusto nos primeiros três anos do terceiro mandato de Lula — acima de 8,5% ou quase 3%, na média anual.

Uma ideia da prevista queda no ritmo da atividade pode ser encontrada nas projeções para a variação do consumo das famílias e do investimento (medido pelo volume de recursos aplicado na formação de capital fixo). Se o consumo avançou robustos 4,8% em 2024, não deverá crescer mais do que 1,6% em 2025. No caso do investimento, que subiu 7,3%, no ano passado, a estimativa é de alta de apenas 1,5%, neste ano.

"Puxa-estica"

A garantia de um crescimento mais acelerado tem sido obtida com um cabo de guerra entre o governo e o Banco Central. Enquanto o BC puxa para o lado restritivo, com uma política de juros altos para conter a demanda e a inflação acima das metas, Lula estica pelo lado expansionista, com uma política fiscal mais frouxa e estímulos de crédito.

Resulta daí um maior grau de ineficiência nos impactos desejados das políticas. O "puxa-estica" obriga, do lado monetário, à adoção de taxas básicas de juros mais elevadas, para aliviar pressões inflacionárias, mesmo assim conseguindo apenas "estabilizar" a inflação acima do teto do intervalo de tolerância do sistema de metas. E exige, do lado dos estímulos à atividade, doses adicionais de benefícios, para assegurar a expansão do consumo e da atividade. A consequência é um reforço dos efeitos colaterais negativos das políticas adotadas.

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