Do ponto de vista dos principais indicadores econômicos, o ano termina melhor do que parecia que se encerraria quando começou.
Inflação e desemprego mais baixos
Destaque para a inflação, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que fechou 2025 dentro do intervalo de tolerância do sistema de metas, cujo centro é de 3% ao ano, no acumulado em 12 meses, com tolerância de 1,5% a 4,5%. Nos últimos cinco anos, é apenas a segunda vez que isso ocorre.
Destaque também para a taxa de desemprego de 5,4% da força de trabalho, indicador historicamente baixo no Brasil. Em 2025, aumentou a população com carteira assinada e diminuiu o contingente de trabalhadores informais. A renda registrou ganho real no ano e a massa salarial bateu recordes.
Sistema tributário mais eficiente
Com efeitos previstos a partir de 2027, a reforma tributária do consumo tornará a cobrança de impostos mais simples e eficiente. Também no campo fiscal, 2025 ficará marcado por medidas de justiça tributária, como a isenção do Imposto de Renda para rendas de até R$ 5 mil mensais e, principalmente, pela cobrança de um imposto mínimo de 10% para rendas acima de R$ 600 mil anuais.
Outro ponto de destaque do ano econômico refere-se à ascensão do Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira. O índice subiu mais de 30% ao longo do ano, impulsionado sobretudo por compras de ações por investidores estrangeiros.
Mas, nem por isso, as empresas se valeram das altas nos pregões para se capitalizarem com lançamentos de ações no mercado acionário.
Ao contrário, uma dezena de empresas fechou capital, saindo da Bolsa. Não houve também, em 2025, ofertas públicas tradicionais de abertura de empresas. O último lançamento do tipo ocorreu em 2021.
Restrições se acentuam
Também é visível que o ano que está terminando acumulou restrições para a execução de uma política econômica de crescimento mais acelerado.
Essas restrições põem freios na atividade e desaceleram o ritmo de crescimento econômico. Em 2025, a economia ainda crescerá, mas já em ritmo menor do que nos dois anos anteriores. Em 2026, ainda se projeta crescimento, mas em ritmo ainda menor.
As taxas de juros estabelecidas pelo Copom (Comitê de Política Monetária), de 15% nominais ao ano, são o melhor exemplo. As mais altas em duas décadas, foram o antídoto restritivo para o impulso à atividade promovido por injeções de dinheiro público.
Outras restrições, diretamente no lado das contas públicas, diante do avanço dos déficits primários e, em consequência, da dívida pública, também marcaram o ano de 2025.
O governo acabou atendendo às regras de contenção dos gastos públicos, mas à custa de manobras contábeis e da retirada de despesas do conjunto de gastos limitados pelo arcabouço fiscal. O déficit público efetivo projetado pelos analistas será o dobro do limite de 0,25% do PIB previsto nas regras fiscais.
Em 2026, as despesas, desconsiderando as exceções que o governo possa negociar com o Legislativo e o STF (Supremo Tribunal Federal), terão de se limitar a 50% do que for arrecadado.
Trump, personagem do ano
Na economia global, o destaque óbvio é o tarifaço imposto ao mundo por Trump. Ao adotar uma política ultracionista, com base no velho e conhecido porrete americano, Trump revirou a geopolítica econômica planetária.
Mesmo recuando em boa parte das tarifas impostas a praticamente todos os países do mundo, Trump merece, sem concorrentes, o título de principal personalidade do ano econômico de 2025.
Reportagem
Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

German (DE)
English (US)
Spanish (ES)
French (FR)
Hindi (IN)
Italian (IT)
Portuguese (BR)
Russian (RU)
2 horas atrás
3





:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/l/g/UvNZinRh2puy1SCdeg8w/cb1b14f2-970b-4f5c-a175-75a6c34ef729.jpg)










Comentários
Aproveite ao máximo as notícias fazendo login
Entrar Registro