Eliza, conhecida como o primeiro chatbot do mundo, foi ressuscitada por pesquisadores americanos e arquivistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). A inteligência artificial (IA) foi desenvolvida nos anos de 1960 pelo professor Joseph Weizenbaum, um dos pioneiros no desenvolvimento de IAs generativas. O código do chatbot, perdido durante 60 anos, foi encontrado em 2021 nos laboratórios do MIT. Para trazer a IA de volta, os programadores efetuaram limpezas no código e criaram um emulador que simula o funcionamento de um computador da década de 60. Com o código e o emulador em mãos, conseguiram ativar Eliza novamente. O trabalho virou um artigo científico publicado no último dia 12. A seguir, confira mais detalhes sobre o trabalho.
Eliza: cientistas encontraram código perdido do primeiro chatbot do mundo — Foto: Divulgação/ELIZA Archaeology Projec Eliza foi nomeada em homenagem à Eliza Doolittle, personagem fictícia de uma peça chamada Pigmalião. A IA não funciona de forma semelhante aos modelos mais recentes, como Gemini Google ou ChatGPT, por exemplo. A tecnologia utiliza uma metodologia de correspondência de padrões e substituição para criar a ilusão de que compreende as perguntas do usuário e consegue fornecer respostas coerentes. Em resumo, a inteligência artificial reconhece padrões nas mensagens e fornece respostas pré-programadas, apenas substituindo termos-chave para que se encaixem na solicitação.
O interesse dos usuários acerca da IA também foi despertado em 2018 graças a um episódio da série Young Sheldon, disponível atualmente na Netflix. O personagem ganha um computador e interage com a ferramenta. O chatbot foi escrito em uma linguagem de programação, agora extinta, nomeada de Processador de lista simétrica decodificador de algoritmo de Michigan ou MAD-SLIP (sigla para Michigan Algorithm Decoder Symmetric List Processor no idioma original) mas foi logo copiado para a linguagem Lisp, que perdurou e substituiu a versão original.
Cena da série onde o Sheldon interagi com a inteligência artificial Eliza — Foto: Reprodução/Gabriel Pereira "Tenho um interesse particular em como os pioneiros da IA pensavam. Ter o código dos cientistas da computação é o mais próximo de ter um registro de seus pensamentos. Como ELIZA foi — e continua sendo, para o bem ou para o mal — uma pedra fundamental IA inicial, gostaria de saber o que estava na mente dele (Weizenbaum). De um ponto de vista técnico, nós nem sabíamos que o código que havíamos encontrado — a única versão já descoberta — realmente funcionava, então precisávamos tentar", disse o Jeff Shrager ao portal Live Science. Ele é professor da universidade de Stanford e um dos autores do artigo que encontrou o código com a ajuda de Myles Crowley, arquivista do MIT.
Jeff Shrager conta ainda que Eliza é melhor ouvinte em comparação com chatbots modernos. Segundo ele, as IAs atuais apenas tentam completar as frases do usuário, enquanto Eliza foi programada para solicitar que o usuário continue uma conversa.
"Trazer Eliza de volta, um dos mais — se não o mais — famosos chatbots da história, abre os olhos das pessoas para a história que está sendo perdida. Como o campo da ciência da computação é tão voltado para o futuro, os praticantes tendem a considerar sua história obsoleta e não a preservam. Precisamos trabalhar mais duro como sociedade para manter vivos esses vestígios da era emergente da computação", ressaltou ao portal Live Science David Berry, professor da Universidade de Sussex, no Reino Unido, e coautor do artigo.
Atualmente, Eliza pode ser testada através do site "sites.google.com/view/elizaarchaeology/try-eliza". O chatbot funciona apenas no idioma inglês.
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