1 mês atrás 3

Em ata, BC diz que políticas econômicas aumentam risco de inflação

Futuras elevações da taxa Selic não são descartadas pelo Copom. O documento destaca que o momento ainda "exige cautela" diante do ambiente marcado por "elevada incerteza". "O Comitê enfatiza que seguirá vigilante, que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e que não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso julgue apropriado", destaca a ata.

Colegiado avalia que riscos para a inflação permanecem elevados. A ata alerta que há uma desancoragem das expectativas de inflação por período mais prolongado, uma maior resiliência dos preços relacionados ao setor de serviços e um conjunto de políticas econômicas com impacto inflacionário. São citadas ainda incertezas com potencial para reduzir os preços, como a desaceleração da economia e a queda das commodities, matérias-primas com cotação internacional, a exemplo dos produtos agrícolas.

Copom reconhece efeitos adversos do atual patamar da Selic. Os diretores afirmam que a atividade econômica doméstica manteve trajetória de moderação no crescimento. Ainda assim, eles destacam que há "sinais mistos advindos de indicadores econômicos". A citação destaca que segmentos mais sensíveis à política monetária apresentam maior desaceleração, enquanto outros demonstram maior resiliência.

O mercado de crédito, por exemplo, segue apresentando desaceleração mais nítida, compatível com a política monetária em curso, ao passo que o mercado de trabalho segue resiliente. O Comitê reforça que o arrefecimento da demanda agregada é um elemento essencial do processo de reequilíbrio entre oferta e demanda da economia e convergência da inflação à meta.
Ata da 274ª Reunião do Copom

Mercado prevê que a taxa Selic ficará estável até o fim deste ano. A edição mais recente do Boletim Focus aponta que a taxa básica de juros persistirá em 15% ao ano na reunião de dezembro. Para 2026, a expectativa é que a taxa sofra um corte de 0,25 ponto percentual, para 14,75% ao ano, em janeiro. A trajetória de baixa é estimada por todo o próximo ano, até 12,25% ao ano.

Selic é principal ferramenta de política monetária contra a inflação. Com o avanço dos preços, a elevação dos juros é utilizada como alternativa para encarecer o crédito e limitar o consumo. Com o dinheiro mais caro, a demanda por bens e serviços tende a diminuir e, consequentemente, segurar o avanço do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), principal índice inflacionário do Brasil.

Leia o artigo inteiro

Do Twitter

Comentários

Aproveite ao máximo as notícias fazendo login
Entrar Registro