Futuras elevações da taxa Selic não são descartadas pelo Copom. O documento destaca que o momento ainda "exige cautela" diante do ambiente marcado por "elevada incerteza". "O Comitê enfatiza que seguirá vigilante, que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e que não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso julgue apropriado", destaca a ata.
Colegiado avalia que riscos para a inflação permanecem elevados. A ata alerta que há uma desancoragem das expectativas de inflação por período mais prolongado, uma maior resiliência dos preços relacionados ao setor de serviços e um conjunto de políticas econômicas com impacto inflacionário. São citadas ainda incertezas com potencial para reduzir os preços, como a desaceleração da economia e a queda das commodities, matérias-primas com cotação internacional, a exemplo dos produtos agrícolas.
Copom reconhece efeitos adversos do atual patamar da Selic. Os diretores afirmam que a atividade econômica doméstica manteve trajetória de moderação no crescimento. Ainda assim, eles destacam que há "sinais mistos advindos de indicadores econômicos". A citação destaca que segmentos mais sensíveis à política monetária apresentam maior desaceleração, enquanto outros demonstram maior resiliência.
O mercado de crédito, por exemplo, segue apresentando desaceleração mais nítida, compatível com a política monetária em curso, ao passo que o mercado de trabalho segue resiliente. O Comitê reforça que o arrefecimento da demanda agregada é um elemento essencial do processo de reequilíbrio entre oferta e demanda da economia e convergência da inflação à meta.
Ata da 274ª Reunião do Copom
Mercado prevê que a taxa Selic ficará estável até o fim deste ano. A edição mais recente do Boletim Focus aponta que a taxa básica de juros persistirá em 15% ao ano na reunião de dezembro. Para 2026, a expectativa é que a taxa sofra um corte de 0,25 ponto percentual, para 14,75% ao ano, em janeiro. A trajetória de baixa é estimada por todo o próximo ano, até 12,25% ao ano.
Selic é principal ferramenta de política monetária contra a inflação. Com o avanço dos preços, a elevação dos juros é utilizada como alternativa para encarecer o crédito e limitar o consumo. Com o dinheiro mais caro, a demanda por bens e serviços tende a diminuir e, consequentemente, segurar o avanço do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), principal índice inflacionário do Brasil.

German (DE)
English (US)
Spanish (ES)
French (FR)
Hindi (IN)
Italian (IT)
Portuguese (BR)
Russian (RU)
1 mês atrás
3





:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/l/g/UvNZinRh2puy1SCdeg8w/cb1b14f2-970b-4f5c-a175-75a6c34ef729.jpg)










Comentários
Aproveite ao máximo as notícias fazendo login
Entrar Registro