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Em uma de suas últimas sessões, a CPI da Pousada Garoa ouviu Cristiano Roratto, ex-presidente da Fundação de Assistência Social e Cidadania. Em seu depoimento, Roratto afirmou que nunca visitou nenhuma unidade do conjunto habitacional, defendendo ainda que não participava de decisões relacionadas às políticas sociais de Porto Alegre. O depoente é um dos três indiciados pelo Ministério Público no caso.
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Em uma de suas últimas sessões, a CPI da Pousada Garoa ouviu Cristiano Roratto, ex-presidente da Fundação de Assistência Social e Cidadania. Em seu depoimento, Roratto afirmou que nunca visitou nenhuma unidade do conjunto habitacional, defendendo ainda que não participava de decisões relacionadas às políticas sociais de Porto Alegre. O depoente é um dos três indiciados pelo Ministério Público no caso.
Ao longo de sua fala, o então comandante da pasta admitiu que não houve nenhum tipo de sanção administrativa à empresa, que seguiu com um contrato ativo com a prefeitura de Porto Alegre até outubro de 2024. Quando perguntado o que motivou a demora no encerramento do contrato, visto que a tragédia ocorreu em abril, Roratto afirmou que a situação foi regida por "motivos de força maior", mencionando inclusive as enchentes do último ano, que começaram na semana seguinte ao incêndio.
O depoente também afirmou que a elaboração e implementação de um Plano de Prevenção Contra Incêndios (PPCI) nos prédios da Garoa não era uma exigência legal da licitação. Roratto reitera, no entanto, que não estava ciente de que as instalações funcionavam sem alvará ou PPCI. Ele também afirmou que não recebia relatórios referentes às pousadas e que não era chefe imediato da fiscal de contrato, Patrícia Schüler. "Dos casos de sujeiras, ratos e baratas, eu tomei conhecimento apenas após o evento. Com todo respeito, não busco problematizar, mas as pessoas em situação de rua vivem de catar lixo e latinhas, e muitas vezes seus pertences acabam ficando sujos. Quando adentram a pousada, trazem consigo para seus quartos esses objetos. O contrato não previa sanitização dos dormitórios e da cozinha também", pontuou Roratto.
De acordo com o vereador Pedro Ruas (PSOL), presidente da CPI, os trabalhos da comissão estão se encaminhando ao fim. Agora, os parlamentares que integram o grupo irão ouvir mais dois relatos, o de Patrícia Schüler, fiscal do contrato entre a prefeitura e a Pousada Garoa, e de André Kologeski, proprietário do empreendimento. Kologeski foi convocado para depor junto a Roratto, mas não comparece. Patrícia enviou um requerimento aos parlamentares solicitando uma audiência fechada, sem a presença da imprensa e de espectadores. Ela será ouvida, sob estas condições, na próxima quarta-feira (04).
Na tarde desta segunda-feira (02), a Câmara prestou um minuto de silêncio em respeito ao falecimento de duas pessoas em situação de rua na última semana, vítimas do frio extremo. Ruas também levanta a possibilidade de tratar deste caso durante as sessões da CPI da Garoa, visto que o principal objetivo da comissão é analisar e refletir sobre as políticas de assistência à população em situação de rua da Capital.
Ao longo desta semana, a oposição deve protocolar uma representação no Ministério Público, para que seja investigada a atuação da prefeitura na proteção da população em vulnerabilidade social. A Defensoria Pública já oficiou o Executivo, solicitando informações sobre a política de acolhimento às pessoas em situação de rua.
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