Mas a líder venezuelana tentou chegar à cerimônia em uma missão secreta da qual os Estados Unidos estavam cientes, segundo uma reportagem do jornal "The Wall Street Journal" publicada nesta quarta.
Além do governo norte-americano, seus aliados e parentes sabiam da operação, mas também manobraram para que a viagem não se tornasse pública — isso porque María Corina Machado é buscada pelo regime do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
Ela confirmou que a líder da oposição estava a caminho da Noruega e indicou que a mãe pode permanecer em solo norueguês por um tempo.
Ana Corina Machado leu ainda um discurso escrito pela mãe.
Na cerimônia, um porta-voz do Comitê do Nobel, responsável por conceder o prêmio, afirmou que a líder oposicionista irá a Oslo, na Noruega, mas chegará apenas durante a noite, diz o comitê. Em uma mensagem de voz enviada ao comitê mais cedo, Corina Machado disse que "estou a caminho", embora não tenha revelado onde estava.
Segundo o jornal "The Washington Post", com base em fontes, ela deixou a Venezuela em barco até Curaçao, de onde pegou avião para a Noruega.
O comunicado não explica por que María Corina Machado, que vive escondida na Venezuela, não poderá ir à premiação, mas diz que ela fez "uma viagem em situação de extremo perigo" e "está segura".
Mais cedo, o diretor do Instituto Nobel, Kristian Berg Harpviken, disse à rádio norueguesa "NRK" que "simplesmente não sei onde ela está".
A premiação, que ainda acontecia até a última atualização desta reportagem, também teve a presença da mãe de María Corina Machado e de Edmundo González, candidato da oposição que alega ter vencido as últimas eleições na Venezuela.

Nobel da Paz: María Corina Machado não receberá prêmio pessoalmente
Desde que o prêmio foi anunciado, era um mistério se Corina Machado conseguiria viajar a Oslo. A líder opositora não aparece em público há 11 meses, quando compareceu a um protesto em Caracas contra o presidente Nicolás Maduro e foi brevemente sequestrada.
Foto de arquivo: Maria Corina Machado, líder da oposição na Venezuela, discursa para apoiadores em protesto contra posse de Maduro para um terceiro mandato, em Caracas, em 9 de janeiro de 2025. — Foto: Reuters/Leonardo Fernandez Viloria/Foto de arquivo
Dezenas de venezuelanos no exílio viajaram à capital norueguesa para acompanhar a opositora de 58 anos, que vive na clandestinidade desde agosto de 2024 e não aparece em público desde janeiro.
"Esperamos que ela participe da cerimônia", acrescentou.
O Comitê Norueguês do Nobel havia convidado Machado a Oslo para receber o prêmio na presença do rei Harald, da rainha Sonja e de líderes latino-americanos, incluindo o presidente argentino Javier Milei e o presidente equatoriano Daniel Noboa.
Família e aliados em Oslo

Saiba quem é María Corina Machado, vencedora do Nobel da Paz 2025
Com o paradeiro da protagonista envolto em mistério, familiares, aliados políticos e alguns presidentes latino-americanos aguardam em Oslo.
Na terça, chegaram à Noruega o opositor Edmundo González Urrutia, candidato às eleições presidenciais de 2024, que vive exilado na Espanha, e o presidente argentino, Javier Milei.
Também estão convidados para a cerimônia os presidentes do Panamá, José Raúl Mulino; do Equador, Daniel Noboa; e do Paraguai, Santiago Peña.
No Grand Hotel, onde os laureados do Nobel costumam se hospedar, a mãe da premiada, Corina Parisca, suas irmãs e ao menos dois de seus três filhos afirmavam não saber onde ela está, mas mantinham confiança em sua chegada.
"Se Deus quiser, assim será", repetiam familiares e admiradores anônimos que aguardavam na saída do hotel para ver "se aparece", diziam.
Em Oslo, grupos pacifistas e figuras da esquerda norueguesa protestaram à tarde em frente ao Instituto Nobel com os lemas: "Não ao Prêmio Nobel da Paz para belicistas" e "EUA, tire as mãos da América Latina!".
Machado demonstrou apoio às operações militares dos Estados Unidos no Caribe e no Pacífico, que mataram ao menos 87 pessoas em ataques contra supostas embarcações de narcotraficantes.

Apoio a María Corina Machado mobiliza atos em mais de 80 cidades
A líder opositora, impedida de concorrer nessas eleições, afirmou que Maduro roubou a eleição de seu candidato, Edmundo González, e publicou cópias dos votos emitidos nas máquinas como prova da fraude.
Machado não aparece em público há 11 meses, desde que participou de um protesto em Caracas contra a posse de Maduro para um terceiro mandato.
No mesmo dia da premiação, o chavismo realizará uma manifestação em Caracas, anunciou na segunda-feira o ministro do Interior da Venezuela, Diosdado Cabello.

German (DE)
English (US)
Spanish (ES)
French (FR)
Hindi (IN)
Italian (IT)
Portuguese (BR)
Russian (RU)
1 semana atrás
4
/https://i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/F/6/U6S7EQQpi2UleBtvjw4A/afp-jim-watson-mostra-o-presidente-dos-eua-donald-trump-e-em-washington-dc-em-9-de-julho-de-2025-e-o-presidente-venezuelano-nicolas-maduro-d-em-caracas-em-31-de-julho-de-2024..jpg)
/https://s03.video.glbimg.com/x720/14114546.jpg)
/https://i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/I/e/cfKemlRZefoA4NFbPFFg/2025-11-22t134617z-1738837159-rc2o1iaqtlal-rtrmadp-3-g20-summit.jpg)

:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/l/g/UvNZinRh2puy1SCdeg8w/cb1b14f2-970b-4f5c-a175-75a6c34ef729.jpg)










Comentários
Aproveite ao máximo as notícias fazendo login
Entrar Registro