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Enchentes na Indonésia deixaram mais de 1 mil mortos e 1,2 milhão de desabrigados

As enchentes, que atingiram há duas semanas as províncias de Sumatra do Norte, Sumatra Ocidental e Aceh, também deixaram mais de 5.400 feridos.

Além disso, 1,2 milhão de pessoas permanecem desabrigadas em abrigos temporários, segundo a agência.

Esta é uma das piores catástrofes registradas recentemente em Sumatra e Aceh, na porção mais ocidental da ilha, região que também foi atingida pelo tsunami de 2004.

De acordo com a agência de notícias France Presse, o custo da reconstrução pode alcançar quase 52 bilhões de rúpias, o equivalente a cerca de R$ 16,7 bilhões.

O governo indonésio foi criticado por não declarar estado de catástrofe natural, decisão que poderia ter acelerado os esforços de resgate e melhorado a coordenação das ações, de acordo com a AFP. Jacarta também se recusou a solicitar ajuda internacional, ao contrário do que fez o Sri Lanka.

Neste sábado (13), o presidente indonésio, Prabowo Subianto, voltou a visitar as províncias afetadas e afirmou que as equipes seguem trabalhando para reabrir as estradas que dão acesso às áreas mais isoladas, segundo a AFP.

"Devido às condições naturais, houve pequenos atrasos, mas inspecionei todos os locais de evacuação. Eles estão em boas condições, os serviços oferecidos são adequados e o abastecimento de alimentos é suficiente", declarou o presidente na base aérea de Soewondo, após visitar Langkat, no norte de Sumatra.

Fenômenos meteorológicos provocaram chuvas torrenciais

Inundações na Indonésia — Foto: Reuters e AP

Em grande parte da Ásia, nesta época do ano, ocorre a temporada anual de monções, que provoca chuvas fortes e geralmente provoca deslizamentos de terra e inundações.

Porém, o número de mortos na Indonésia é o maior registrado em um desastre natural desde 2018, quando um terremoto seguido de um tsunami provocou mais de duas mil mortes.

As enchentes que afetaram Indonésia, Tailândia e Malásia foram agravadas por uma rara tempestade tropical que provocou chuvas intensas, em particular em Sumatra. As mudanças climáticas aumentaram a intensidade das tempestades e das chuvas porque uma atmosfera mais quente retém mais umidade.

As inundações e deslizamentos de terra no norte de Sumatra arrastaram milhões de metros cúbicos de madeira derrubada, disseram as autoridades indonésias, gerando preocupação pública de que a extração ilegal de madeira possa ter contribuído para o desastre.

Batang Toru, a exuberante área florestal, transformou-se em um terreno baldio de troncos quebrados e casas destruídas.

“Isto não é apenas um desastre natural, é uma crise provocada pelo homem. O desmatamento e o desenvolvimento desenfreado privaram Batang Toru de sua resiliência. Sem uma restauração urgente e proteções mais rigorosas, essas inundações se tornarão a nova normalidade", afirmou Rianda Purba, do Fórum Ambiental Indonésio, um grupo ativista.

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