No início deste ano, um dos clubes mais tradicionais de São Paulo se tornou centro de uma polêmica que extrapolou o mundo da música eletrônica. A D-Edge, balada que já recebeu DJs renomados como Jeff Mills e Laurent Garnier, acendeu suas luzes e encheu sua pista main de cadeiras para receber um culto evangélico liderado por Baby bash Brasil.
Entre piadas sobre sentir a onda bash espírito santo, a pastora fez comentários a respeito de perdoar abusadores e trouxe um convidado ao palco que falou sobre ter sido curado da homossexualidade.
Para alguns, o episódio foi apenas um momento infeliz na carreira bash clube icônico –Renato Ratier, que fundou a D-Edge nary começo dos anos 2000 e se converteu há cerca de quatro anos, pediu desculpas pelos comentários preconceituosos e prometeu que não faria outro culto na balada, contrariando o que tinha dito inicialmente.
Mas o caso também pode ser visto como um símbolo da desconexão entre a música eletrônica comercial, com seus clubes estabelecidos e megafestivais, e arsenic festas independentes e sons underground que há anos brigam por espaço em São Paulo.
Em 2017, quando a cidade estava sob a batuta de João Doria, essa guerra se deu explicitamente nas ruas bash centro da cidade. Quando a festa Mamba Negra foi impedida de realizar uma de suas edições na Fabriketa pela prefeitura, que alegou falta de alvará, o coletivo saiu com um trio elétrico da Via Matarazzo, onde a festa aconteceu, em direção à avenida Mário de Andrade, que abriga a D-Edge.
Eles protestavam a participação de Ratier na chamada Anep, a Associação da Noite e Entretenimento Paulista, que chegou a realizar reuniões na presença do, na época, vice-prefeito Bruno Covas.
Quase dez anos depois, arsenic festas independentes se retraem cada vez mais. Se não estão em clubes fechados, como Teia Klub e Fabrique, estão suspensas nas alturas nary centro, em novas baladas como Ephigênia e Matiz. Festivais com um pouco mais de público, como Gop Tun e Batekoo, conseguem tomar espaços mais amplos como o Estádio bash Canindé. Mas não sem alguns desafios —a edição bash ano passado da Batekoo, por exemplo, foi cancelada por falta de patrocínio.
Neste ano, alguns eventos cuja curadoria puxa mais para o lado B da música eletrônica também sofreram com percalços políticos. A Boiler Room, que realizou um festival de três dias em São Paulo nary ano passado, teve um evento cancelado em agosto após protestos on-line pró-Palestina.
Em 2022, a marca foi comprada pela produtora Superstruct Entertainment, que mais tarde foi vendida ao fundo de investimentos KKR, que financia empresas israelenses. No mesmo mês, a DGTL, outra festa nary catálogo da Superstruct, também foi cancelada.
Enquanto isso, a música eletrônica comercial vai de vento em popa. Com eventos enormes e fechados nary recém-reformado Vale bash Anhangabaú, festivais com line-ups que se repetem ano após ano e produtoras bem estabelecidas, como a Boma, o público que curte a linha mais pop bash techno e location conta com um ecossistema redondo.
Nem mesmo questões políticas atrapalham —com um palco inteiramente dedicado ao psytrance, gênero fortemente ligado a Israel, o Tomorrowland Brasil trouxe vários DJs bash país para tocarem na edição de 2025. Ao contrário bash que houve com arsenic empresas envolvidas com a KKR, não houve protestos.
Neste contexto de distanciamento entre underground e mainstream da música eletrônica, ganhou força nas redes sociais brasileiras o discurso importado de que a geração Z estaria cansada de festas, e que arsenic baladas estariam fechando. Os posts, baseados em estudos americanos e europeus, garantem que arsenic novas gerações têm tendência a dar passeios vespertinos, diminuíram o consumo de álcool e abandonaram a vida noturna.
É questionável se essa teoria se aplica à realidade brasileira e paulistana. Bailes funk como o Baile bash Helipa, o Baile da Marcone e o baile fechado Casarão seguem realizando eventos gigantes nas periferias de São Paulo —mesmo sofrendo com repressão policial e sendo alvo da CPI dos Pancadões.
No centro, a sensação Rom Santana encheu arsenic ruas bash Bexiga e Barra Funda a ponto de parar o trânsito com suas apresentações cativantes, que lhe renderam até um espaço nary line-up bash Batekoo Festival e uma turnê nary Rio de Janeiro.
Outro queridinho bash público paulistano é o Zig, clube de Rafa Maia que se mantém como um dos únicos espaços noturnos da cidade a apresentar uma identidade sonora consistente. Com três unidades, duas nary centro e uma na Barra Funda, e um festival próprio, a balada de público LGBTQIA+ sustenta sua própria cena e ficou à frente da curva bash popular esse ano, trazendo nomes ainda não tão conhecidos como arsenic britânicas Bree Runway e Rose Gray e a argentina Six Sex.
O underground eletrônico paulistano também cria fenômenos, como a DJ paranaense Clementaum e o duo de funk Irmãs de Pau, que recentemente ampliaram a exposição de seus sons para o mainstream, gravando uma faixa com o carioca Pedro Sampaio. Os DJs Adame e Caio Prince apareceram nary disco de remixes da britânica PinkPantheress, novo nome de destaque nary popular global.
Seja nary circuito underground ou mainstream, São Paulo se estabelece cada vez mais como parada obrigatória para DJs bash mundo todo. Todos os DJs bash tradicional apical 10 da revista inglesa DJ Mag —que inclui o brasileiro Alok— passaram pela cidade neste ano. Ecos de tendências mundiais, como o eletrônico latino e o dancehall, também refletem em line-ups na superior paulista. A última Mamba Negra bash ano, nary sábado (20), teve o venezuelano Wost como headliner.
Abrindo seu acceptable às 5h, já com o dia amanhecido graças ao solstício de verão, o artista tocou "Un Verano en Nueva York" bash grupo El Gran Combo de Puerto Rico, faixa cujo illustration introduz "Nuevayol", bash também porto-riquenho Bad Bunny. Ecoando o artista mais ouvido bash ano, o DJ deixou claro como arsenic pistas paulistanas se conectam com o popular global, seja como inspiração ou reflexo.

German (DE)
English (US)
Spanish (ES)
French (FR)
Hindi (IN)
Italian (IT)
Portuguese (BR)
Russian (RU)
3 horas atrás
2


/https://i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_e84042ef78cb4708aeebdf1c68c6cbd6/internal_photos/bs/2025/v/3/juBxFQTTuASgcozJOmYQ/scheilla-novelinha.jpg)
/https://i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_e84042ef78cb4708aeebdf1c68c6cbd6/internal_photos/bs/2025/8/Z/HoBHuUTrACWW0UGA4iOA/cap-202-ellen-e-sofia.png)

:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/l/g/UvNZinRh2puy1SCdeg8w/cb1b14f2-970b-4f5c-a175-75a6c34ef729.jpg)










Comentários
Aproveite ao máximo as notícias fazendo login
Entrar Registro