Em um mundo cada vez mais conectado, as extensões elétricas se tornaram um item onipresente em residências e escritórios. Afinal, elas oferecem a conveniência de levar energia a qualquer canto, multiplicando tomadas para dar conta da crescente demanda de gadgets e eletrodomésticos. O problema é que essa conveniência pode esconder riscos importantes: quando usadas de forma inadequada, as extensões podem sobrecarregar a rede elétrica e transformar um simples cabo em um foco de incêndio.
Por isso, é muito importante rever seus hábitos e entender o que realmente acontece quando os limites da eletricidade são desafiados. Para ajudar, o TechTudo ouviu o engenheiro Victor Henriques, da Help Reformas e Construções, e reuniu os dez piores erros no uso de extensões elétricas. Confira.
Uma extensão pode ser uma bomba-relógio na sua casa. Preparamos um guia definitivo com os 10 Piores Erros que transformam um simples cabo em risco de incêndio — Foto: gerado pelo nano banana 📝 220 V ou 110 V? Veja como descobrir a tensão elétrica de um aparelho no Fórum do TechTudo
Extensão elétrica: quais são os maiores erros?
Na prática, a pressa, a economia ou a falta de informação levam a erros comuns, como ligar vários aparelhos em uma régua de baixa qualidade ou esconder fios sob tapetes. Esses “pequenos descuidos”, porém, representam falhas graves de segurança elétrica. A seguir, listamos os temas abordados ao longo da matéria para explicar por que essas práticas comprometem a rede elétrica e, em situações mais extremas, podem resultar em acidentes domésticos graves.
- Usar extensões de baixa qualidade;
- Usar extensões incompatíveis com o aparelho;
- Ligar vários aparelhos em uma mesma extensão;
- Deixar cabos enrolados ou usar extensões curtas demais;
- Misturar adaptadores, “benjamins” e plugues soltos na mesma extensão;
- Utilizar extensões antigas, ressecadas ou com fios expostos;
- Passar a extensão por baixo de tapetes, móveis pesados ou locais de pisoteio;
- Colocar a extensão em locais úmidos;
- Ignorar o limite de potência da extensão;
- Colocar extensões atrás de cortinas, sofás ou locais com pouca ventilação.
1. Usar extensões de baixa qualidade
A tentação de economizar ao comprar extensões muito baratas em lojas não especializadas é grande, mas o prejuízo pode sair caro. Produtos de baixa qualidade costumam ser feitos com materiais inferiores, incapazes de suportar a carga elétrica exigida pelos aparelhos atuais. Assim, é comum encontrar fios condutores mais finos do que o recomendado, isolamento frágil e plugues mal-acabados.
Segundo o engenheiro Victor Henriques, esse tipo de construção aumenta a resistência elétrica do cabo e favorece o superaquecimento. “Quando a extensão não suporta a corrente necessária, o calor se acumula no fio e no plug, o que eleva significativamente o risco de curto-circuito e incêndio. Por isso, o ideal é optar por produtos certificados pelo Inmetro e conferir a capacidade de corrente indicada na embalagem”, explica.
Uso de régua elétrica no avião, comportamento que especialistas recomendam evitar. — Foto: Reprodução/Freepik 2. Usar extensões incompatíveis com o aparelho
A falta de compatibilidade entre o plugue do aparelho e a entrada da extensão compromete tanto a eficiência quanto a segurança da conexão. O uso de adaptadores improvisados ou a tentativa de forçar um encaixe inadequado gera o chamado mau contato, que é altamente perigoso. O engenheiro adverte que um encaixe imperfeito resulta em instabilidade elétrica e aquecimento, além de soltar faíscas perigosas.
Forçar um plugue ou usar adaptadores improvisados em extensões pode criar instabilidade elétrica e gerar faíscas perigosas — Foto: Reprodução/Getty Images 3. Ligar vários aparelhos em uma mesma extensão
Este é talvez o erro mais comum e também o mais perigoso: sobrecarregar a extensão como se ela fosse um ponto ilimitado de energia. Conectar simultaneamente um desktop, monitor, carregador de celular, impressora e até um aquecedor pode exceder a capacidade do fio condutor, que é projetado para suportar uma carga específica.
Victor Henriques explica que a soma dessas potências pode exceder rapidamente o limite da extensão, danificar o disjuntor do circuito e, em situações extremas, provocar a fusão do isolamento. Por isso, a recomendação é preventiva e passa pelo cálculo da potência total dos equipamentos antes de conectá-los à mesma régua.
Sobrecarregar uma extensão pode não só queimá-la, mas também danificar o disjuntor do circuito e causar fusão do isolamento — Foto: Reprodução/Redes Sociais 4. Deixar cabos enrolados ou usar extensões curtas demais
A estética ou a praticidade de um cabo “escondido” e enrolado vão na contramão da segurança elétrica. Quando o fio da extensão fica dobrado ou enrolado, a dissipação de calor diminui drasticamente, concentrando a temperatura no centro do cabo. Para o engenheiro, a regra de ouro é manter a extensão sempre estendida e usar um comprimento adequado à necessidade:
Televisão conectada em uma régua diferente, testando se o aparelho dá imagem — Foto: Rafael Costa/TechTudo 5. Misturar adaptadores, “benjamins” e plugues soltos na mesma extensão
O uso de adaptadores T (benjamins) encaixados uns nos outros e ligados a uma extensão cria uma verdadeira “árvore” de conexões instáveis e de alto risco. Além de ficarem mais propensas a se soltar, essas montagens improvisadas multiplicam os pontos de falha da rede elétrica. Para o especialista, o principal problema está no mau contato e na instabilidade, que aumentam as chances de faíscas e superaquecimento em cada ponto de conexão.
Encaixar adaptadores em série (o famoso 'T' no 'T') multiplica os pontos de falha e cria instabilidade elétrica perigosa — Foto: Reprodução / Redes Sociais 6. Utilizar extensões antigas, ressecadas ou com fios expostos
Extensões não são eternas e, com o passar dos anos, o material isolante que reveste o fio de cobre passa por um processo natural de deterioração. Esse desgaste ocorre principalmente por causa da exposição contínua ao calor, à umidade e à oxidação. Como resultado, uma extensão com aparência “velha” pode se transformar em um risco iminente.
O especialista explica que, à medida que o plástico resseca e racha, o cobre interno acaba ficando exposto. Nesse estágio, o fio tende a oxidar e pode entrar em contato com poeira ou umidade, o que aumenta significativamente a chance de curto-circuito. Por isso, fazer uma inspeção periódica é essencial para garantir a segurança elétrica.
Extensões não são eternas! Saiba por que o isolamento se deteriora, racha e expõe o cobre, criando risco de curto — Foto: Reprodução / Unsplash 7. Passar a extensão por baixo de tapetes, móveis pesados ou locais de pisoteio
Esconder a fiação sob tapetes ou tapetes de borracha é uma solução comum para melhorar a estética, mas representa um risco sério à segurança elétrica. Além de já conduzir corrente, o cabo passa a sofrer pressão constante e atrito contínuo. Com o tempo, o peso danifica o isolamento, enquanto o pisoteio desgasta o revestimento e acelera o surgimento de falhas. Como consequência, o condutor pode ficar exposto, aumentando o risco de choque elétrico.
8. Colocar a extensão em locais úmidos
Água e eletricidade não combinam, e isso não é segredo para ninguém. Por isso, ambientes com alta umidade, como lavanderias, banheiros e cozinhas, aumentam significativamente o risco de acidentes elétricos, mesmo sem contato direto com a água. A recomendação do engenheiro é evitar o uso de extensões nesses locais e, sempre que possível, optar pela instalação de tomadas adequadas.
9. Ignorar o limite de potência da extensão
Toda extensão tem um limite máximo de corrente (amperes) ou potência (watts) que pode suportar com segurança, informação que aparece na embalagem ou no próprio corpo do produto. Ignorar essa especificação é o caminho mais rápido para um acidente por superaquecimento. Isso acontece porque, segundo Henriques, quando um aparelho exige mais corrente do que a extensão suporta, ela passa a aquecer de forma progressiva. Com o tempo, esse calor pode derreter o isolamento e, em situações mais graves, iniciar um processo de combustão.
Toda extensão tem um limite máximo de corrente. Descubra o que acontece se você desrespeitar a capacidade indicada pelo fabricante — Foto: Reprodução/Amazon 10. Colocar extensões atrás de cortinas, sofás ou locais com pouca ventilação
O aquecimento é um efeito natural da passagem da corrente elétrica pelo fio da extensão. Em condições normais, o calor se dissipa no ar. No entanto, quando a extensão é colocada em locais confinados, com pouca circulação de ar ou próxima a materiais inflamáveis, o risco de incêndio aumenta exponencialmente. Nesses casos, a ventilação é insuficiente e o calor gerado pela extensão não consegue se dissipar, acumulando-se no local.
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