ANUNCIE AQUI!
A dívida americana já é não grau máximo de investimento para a S&P desde agosto de 2011. A Fitch rebaixou a nota de crédito dos EUA também em agosto, em 2023. A situação, portanto, não é nova, mas agora ganhou a dramaticidade da queda do último bastião que a sustentava.
Não é de hoje que a política fiscal americana vem sendo conduzida de forma muito frouxa. A inundação de recursos públicos despejados no mercado para enfrentar o grande crash de 2008, deflagrado com a quebra do banco Lehman Brothers, nunca foi saneada. Com a pandemia, a escalada da dívida pública, reflexo dessa política fiscal, foi potencializada.
Com Trump e suas promessas de isentar de tributos estratos do alto da pirâmide de renda, compensadas com incertas elevações de tarifas, explodiram as expectativas de descontrole orçamentário.
Estimativas de órgãos de acompanhamento orçamentário são de que a dívida pública americana crescerá em torno de US$ 5,5 trilhões em dez anos. Isso representa um acréscimo de perto de 20% no estoque atual da dívida pública dos Estados Unidos. A perspectiva é de que a dívida pública americana avance para 135% do PIB até 2035.
A dívida pública americana alcançou 100% de PIB (Produto Interno Bruto), ou seja, está nas alturas de US$ 30 trilhões. Diante da perspectiva de um período de baixo crescimento, em que a arrecadação tende também a se contrair, os sinais amarelos em relação à capacidade de honrar seus compromissos, sem comprometer a gestão da economia, passaram a vermelhos.
Estresses com a abertura dos déficits fiscais e a aceleração da trajetória ascendente da dívida pública estão por trás das recentes onda de venda de títulos do Tesouro americano — antes considerados os papéis mais seguros do mundo —, com a consequente elevação de seus rendimentos.
Comentários
Aproveite ao máximo as notícias fazendo login
Entrar Registro