Desde a liquidação, em 18 de novembro, o Master já dispensou funcionários e devolveu escritórios. E com toda a exposição do caso, com operação policial e prisão, quem emprestaria dinheiro ou faria negócios com o banco de Vorcaro?
"Se o Supremo reverter a liquidação na canetada, de onde vão tirar R$ 40 bilhões para colocar dentro do banco", diz Luiz Fernando Figueiredo, que foi diretor do BC de 1999 a 2003. "O Master só não estava insolvente pois o Fundo Garantidor de Crédito ainda estava emprestando. Mas o patrimônio líquido estava negativo, os ativos não valiam nada e foi encontrada uma fraude gravíssima de R$ 12,2 bilhões nas carteiras de crédito, que nunca se viu no sistema financeiro. Todos os elementos para a liquidação estavam lá."
A liquidação de um banco é atribuição exclusiva do Banco Central —não é da alçada da Justiça. E nunca uma liquidação foi questionada da forma como esta vem sendo feita pelo Supremo —Corte que conta com ao menos dois integrantes com alguma relação com o Master.
Como noticiado pelo jornal OGlobo, a esposa do ministro Alexandre de Moraes foi contratada para defender o banco por R$ 3,6 milhões mensais por um período de três anos. E, ainda segundo o jornal carioca, o ministro teria tratado do tema com o presidente do BC, Gabriel Galípolo —o que ele nega. Já Toffoli é amigo do advogado Augusto de Arruda Botelho, que faz a defesa do diretor financeiro do Master, Luiz Bull. Eles viajaram juntos em um jatinho para a final da Libertadores —e no dia seguinte Toffoli decretou sigilo do caso.
No passado, houve questionamentos da Procuradoria Geral da República sobre o Proer —programa do governo Fernando Henrique Cardoso para salvar diversos bancos de uma crise nos anos 90. Gustavo Loyola era o diretor presidente do BC na época: "Era também bullying regulatório, mas de outro tipo. A crítica era que o BC estava salvando banqueiros". Para ele, a convocação da acareação por Toffoli fragiliza o BC, deixando o banco e o diretor Aquino em uma "situação difícil".
Loyola foi consultor do Master de 2023 a 2025. Ele lembra que o BC sofreu pressão "inédita" de outros bancos a favor da liquidação, mas diz que o ideal agora seria que a liquidação sofresse o seu curso natural, assim como o inquérito administrativo no BC e o inquérito criminal.

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