Floparam? 4 celulares que prometeram muito e entregaram pouco em 2025

Por isso, não chega a ser surpreendente o flop de alguns modelos que não conseguiram atrair a atenção, nem o dinheiro, do público. Um dos modelos de maior fracasso este ano é o ultrafino da Samsung, o Galaxy S25 Edge. Ele chegou para competir em um mercado que começava a se aquecer, mas a queda no número de vendas frustrou a marca coreana, que pensa em descontinuar a linha. Porém, esse é só um dos exemplos — a seguir, você confere esse e outros flops do mercado mobile em 2025.

O iPhone Air foi lançado em setembro deste ano com a linha iPhone 17 da Apple. O modelo chegou para substituir o iPhone Plus, que ocupava a faixa intermediária da série e tinha tamanho de tela maior que o modelo básico. A gigante de Cupertino decidiu, então, apostar em um modelo slim de 5,6 mm para entrar no mercado de celulares ultrafinos.

Porém, alguns veículos internacionais começaram a repercutir a baixa demanda pelo aparelho. Segundo reportagem do portal Nikkei Asia, a Apple teria diminuído a produção do modelo devido à baixa procura do público. As fontes mencionam, ainda, que os consumidores têm preferido os modelos tradicionais iPhone 17 e iPhone 17 Pro, em vez do inovador iPhone Air.

Inclusive, uma das fontes afirmou que a fabricante reduziria o volume para “menos de 10% em comparação com setembro”. O fracasso foi tão grande que o site MacRumors sugere que este seja o único modelo da linha Air e que, no ano que vem, ele seja substituído por um iPhone dobrável

Diante disso, o banco de investimentos estadunidense, TD Cowen, fez um pronunciamento aos investidores no dia 26 de outubro, com o objetivo de acalmar o mercado e afastar os rumores de baixas vendas. Eles desmentiram a suposta redução na produção do iPhone Air por baixa demanda e afirmaram que o fluxo segue normal. Segundo o banco, serão produzidas 3 milhões de unidades do ultrafino no terceiro trimestre de 2025 e mais 7 milhões no quarto trimestre deste ano.

O Galaxy S25 Edge é o ultrafino da Samsung lançado para competir no mercado de celulares slim. Ele chegou antes do iPhone Air, estreando em maio deste ano. Entretanto, fontes internas da marca afirmaram que o modelo vendeu menos que o esperado no primeiro trimestre após o lançamento. Isso teria frustrado a marca, que decidiu reduzir sua produção. A baixa demanda seria explicada pelo preço elevado e pela bateria de menor duração. No primeiro mês de vendas, o Edge registrou apenas 190 mil unidades vendidas. O número é significativamente inferior às 1,17 milhão de unidades do Galaxy S25 no mesmo período.

A expectativa inicial era que o modelo Edge entrasse na linha S26, substituindo o Galaxy S26 Plus, que tem sido o menos vendido por três anos consecutivos. No entanto, a agência coreana Newspim foi ainda mais enfática ao afirmar que “agora, devido ao baixo interesse do consumidor, a Samsung decidiu descontinuar definitivamente a linha Galaxy Edge — apenas cinco meses após o início das vendas do S25 Edge”.

Segundo essas informações, a fabricante já teria interrompido a produção do modelo, permanecendo apenas com o estoque já fabricado até que se esgote. Assim, o S26 Edge não será lançado no próximo ano, conforme informado internamente aos funcionários.

O Galaxy Z Flip 7 FE é o primeiro dobrável da linha Fan Edition, criada para ser uma série custo-benefício da Samsung. Lançado em julho deste ano, o modelo não trouxe grandes novidades ou inovações. Na prática, a marca basicamente “reciclou” as especificações técnicas do Galaxy Z Flip 6, apenas apresentando o hardware em um novo modelo e nome. O preço de lançamento também não foi convidativo para quem busca custo-benefício: o Z Flip FE chegou por R$ 6.699, enquanto o Z Flip 7 foi lançado por R$ 8.199.

Com a chegada da linha FE, o Flip 6, que havia sido lançado no ano passado por R$ 7.999, atualmente pode ser encontrado por metade do preço nos marketplaces. Com isso, o modelo mais antigo acaba se tornando uma opção muito mais atrativa ao consumidor do que o novo dobrável.

O Huawei Mate XT Ultimate foi lançado globalmente em 2024, mas só chegou oficialmente ao Brasil em 2025. O aparelho representa uma grande inovação por ser o primeiro trifold do mundo, mas, apesar dessa característica, o custo extremamente elevado: o modelo chegou ao Brasil por R$ 33 mil. Com isso, ele se tornou celular mais caro à venda no país, com preço superior ao de vários topo de linha de diferentes fabricantes — e equivalente ao valor de um automóvel ou de uma viagem à Ilha de Fernando de Noronha.

Outra razão é que suas especificações ficam abaixo do esperado para essa faixa de preço. O XT Ultimate chega sem acesso à rede 5G e traz um chip de 7 nanômetros, enquanto a maioria dos topos de linha já utiliza processadores de 3 ou 4 nanômetros. Uma litografia maior é prejudicial porque torna os processos mais lentos, deixando o aparelho menos veloz.

Por fim, apesar da grande evolução tecnológica que representa, o celular oferece pouca utilidade prática no dia a dia, o que reforça sua posição como um dos dispositivos menos recomendados do ano.