Dominique Pelicot, que foi casado com Gisèle por 50 anos, se declarou culpado. O painel composto por cinco juízes lhe deu a sentença máxima, conforme solicitado pelos promotores.
"Ele decidiu não recorrer, porque diz que seria uma nova provação e novos confrontos para sua esposa, que ele sempre disse nos debates que não era sua adversária", disse a advogada Beatrice Zavarro à rádio FranceInfo.
O tribunal considerou 46 dos outros réus culpados de estupro, dois culpados de tentativa de estupro e dois culpados de agressão sexual. Sentenças de três a 15 anos de prisão foram aplicadas. Entre os condenados, 17 já recorreram da decisão.
Os abusadores são de todas as classes sociais: motoristas de caminhão, soldados, bombeiros, guardas de segurança, trabalhadores rurais, um funcionário de supermercado, um jornalista e desempregados.
Muitos dos acusados negaram as acusações, dizendo que achavam que se tratava de um jogo sexual consensual orquestrado pelo casal. Eles também argumentaram que não era estupro se o marido aprovasse.
Dominique Pelicot negou ter enganado os homens, que ele havia conhecido pela internet, dizendo que eles sabiam exatamente o que estavam fazendo.
Gisèle Pelicot compareceu a quase todas as audiências do julgamento iniciado em setembro — Foto: Reuters
Gisèle só descobriu os estupros após Dominique ser preso em 2020 por ter importunado sexualmente três mulheres em um mercado. À época, a polícia mostrou para Gisèle fotos e vídeos encontrados no computador de seu marido nos quais ela aparecia sendo estuprada por diferentes homens.
Durante o julgamento, Dominique Pelicot admitiu que dava para Gisèle doses de tranquilizantes sem que ela soubesse. Para isso, ele misturava os medicamentos na comida e na bebida. Depois, em um site de encontros da França, ele convidava outros homens para estuprá-la.
De acordo com as investigações, Dominique pedia para que os homens não acordassem Gisèle. Além disso, os estupradores tiravam a roupa na cozinha, para evitar que elas fossem esquecidas no quarto do casal.
O processo aponta ainda que Dominique participava dos estupros e filmava os crimes. Ele não pedia dinheiro em troca. Ao longo de 10 anos, mais de 70 homens com idades entre 21 e 68 anos participaram dos estupros. Destes, 22 não foram identificados.

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11 meses atrás
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