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INFOGRÁFICO: como os EUA cercaram a Venezuela em operação que mira petróleo e Maduro

▶️ Contexto: Trump acusou a Venezuela de roubar petróleo e terras dos Estados Unidos. Em uma rede social, ele escreveu que a pressão continuará até que Caracas “devolva” o que considera ter sido tomado pelos norte-americanos.

  • Trump acusou o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, de usar recursos do país para financiar o que chamou de “regime ilegítimo”.
  • Segundo ele, o governo venezuelano também patrocina “terrorismo ligado a drogas, tráfico de pessoas, assassinatos e sequestros”.
  • Com base nessas acusações, o presidente anunciou um bloqueio total de todos os navios petroleiros alvos de sanções dos EUA que entrarem ou saírem da Venezuela.
  • No dia 10 de dezembro, os EUA já haviam interceptado e apreendido um navio petroleiro no Caribe que estava na lista de embarcações punidas pelo governo americano.
  • Os episódios marcam novo aumento das tensões entre os dois países.

🔴 Desde agosto, os EUA enviaram navios de guerra ao Mar do Caribe, além de um submarino nuclear. Depois, caças foram deslocados para Porto Rico, território norte-americano na região.

  • A movimentação militar começou pouco depois de os EUA dobrarem para US$ 50 milhões a recompensa por informações que levem à prisão ou condenação de Maduro.
  • O venezuelano é acusado pelo governo americano de liderar o Cartel de los Soles, grupo classificado recentemente como organização terrorista internacional.
  • Nesse contexto, os EUA podem considerar Maduro um alvo legítimo ao anunciar ataques militares contra cartéis. Trump já disse que pretende fazer ataques terrestres no país.
  • Autoridades da Casa Branca afirmaram à imprensa americana, sob condição de anonimato, que acreditam que o objetivo final da operação seria retirar Maduro do poder.
  • Reportagem do "The New York Times" aponta que o petróleo da Venezuela também está na lista de prioridades de Trump.

Recentemente, bombardeiros e caças americanos foram identificados sobrevoando a Região de Informação de Voo da Venezuela — uma área muito próxima do território venezuelano.

Helicópteros militares da unidade de elite “Night Stalkers” também foram avistados na região. Em 2011, o grupo teve papel importante na ação que matou o terrorista Osama Bin Laden.

Junto a esse cerco, estão bases militares que os EUA mantêm na região, além de estruturas de segurança cooperativa instaladas em aeroportos de países parceiros — dois deles ficam a menos de 100 km da costa venezuelana.

👉 Veja no infográfico abaixo a localização das bases militares americanas no Caribe e na América Central, além das movimentações recentes de forças dos EUA na região.

Infográfico mostra cerco dos EUA contra a Venezuela — Foto: Arte/g1

  • Essa área está fora do território venezuelano, mas fica sob jurisdição do país.
  • Por isso, aviões precisam se identificar ao controle do espaço aéreo da Venezuela.

O B-52 é um modelo fabricado pela Boeing, com capacidade para realizar ataques nucleares. O avião carrega armas de alta precisão e pode voar por mais de 14 mil quilômetros sem reabastecer. É considerado a espinha dorsal da frota de bombardeiros estratégicos dos EUA.

👉 Confira a seguir detalhes do B-52.

Veja ficha técnica do bombardeiro B-52 da Força Aérea dos Estados Unidos. — Foto: Equipe de arte/g1

À época do sobrevoo, em entrevista ao g1, Maurício Santoro, doutor em Ciência Política pelo Iuperj e colaborador do Centro de Estudos Político-Estratégicos da Marinha do Brasil, disse que a manobra representou uma tentativa dos EUA de mostrar que estão muito próximos da Venezuela.

“É uma provocação política, para dizer: ‘olha, eu tenho capacidade de invadir o teu espaço aéreo’. Mas tem também um objetivo militar, de treinar as tripulações. Quer dizer, isso é um ensaio geral para futuros bombardeios e um teste das defesas aéreas venezuelanas”, avaliou.

Navios de guerra e porta-aviões gigante

  • O porta-aviões tem capacidade para abrigar até 90 aeronaves, entre caças e helicópteros.
  • A embarcação também conta com uma pista de pouso e decolagem que tem área três vezes maior que o gramado do Maracanã.

Em comunicado, o Pentágono afirmou que a missão do grupo de ataque na região é “ampliar e fortalecer as capacidades existentes para interromper o tráfico de drogas”, além de degradar e desmantelar cartéis latino-americanos.

👉 Veja a seguir detalhes do USS Gerald Ford.

Conheça o USS Gerald Ford, maior porta-aviões do mundo e o mais avançado da Marinha dos Estados Unidos. — Foto: Gui Sousa/Arte g1

Ainda em agosto, os EUA já haviam determinado o envio de sete navios de guerra, além de um submarino nuclear. A frota inclui:

  • Três destróieres: navios de guerra menores que cruzadores, mas mais velozes e ágeis. Podem ser equipados com mísseis. Foram enviados o USS Gravely, o USS Jason Dunham e o USS Sampson.
  • Dois navios-doca: usados para transportar fuzileiros navais, veículos e equipamentos, além de apoiar operações anfíbias. Participam da missão o USS San Antonio e o USS Fort Lauderdale.
  • Um cruzador de mísseis: projetado para defesa aérea e antimíssil, com sistema de combate avançado. O modelo enviado é o USS Lake Erie.
  • Um navio de assalto anfíbio: equipado para operar aeronaves de decolagem curta e pouso vertical e realizar desembarques com tropas e veículos. No grupo, está o USS Iwo Jima.
  • Um submarino nuclear: capaz de atacar navios e submarinos inimigos, além de realizar ataques de precisão em terra, com torpedos e mísseis. Integra a frota o USS Newport News.

👉 Veja no infográfico abaixo as embarcações enviadas pelos EUA ao Caribe.

Embarcações enviadas pelos EUA ao Caribe — Foto: Dhara Assis/Arte g1

Porta-aviões USS Gerald Ford, navio principal do grupo de ataque USS Gerald Ford da Marinha dos Estados Unidos. — Foto: Alyssa Joy/Marinha dos Estados Unidos

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