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Investimento em terras mantém tração apesar de cenário desafiador para grãos

A estratégia do fundo está centrada na aquisição de fazendas consolidadas com desconto e posterior arrendamento a grandes operadores, com contratos indexados à soja. Embora a receita anual dos fundos dependa das cotações da commodity, o principal retorno ? segundo Marconi Silva ? vem da valorização imobiliária dos ativos ao longo do tempo.

A valorização vista nos ativos geridos pela 051 é significativa. Entre os casos emblemáticos da carteira, a Fazenda Xingu, principal ativo do FDZA11, foi adquirida em junho de 2022 por R$ 150,7 milhões (incluindo custos transacionais) e, mesmo com a queda das cotações da soja em 2024, foi avaliada em abril deste ano em R$ 276,7 milhões ? uma valorização de 84%.

No FZDB11, a Fazenda Tabuleiro I foi comprada por R$ 348,9 milhões em março de 2023 e avaliada em R$ 598 milhões pouco mais de um ano depois, segundo o último relatório gerencial ? alta de 71% no período.

"Terra sempre foi um ativo de proteção patrimonial no Brasil e nos Estados Unidos. Quem investe entende que a valorização ocorre em platôs, não de forma linear. Por isso, mesmo com menos liquidez, há grupos querendo aumentar exposição."

Sunos Asset reforça tese dos Fiagros com safra acima da média

A tese da valorização imobiliária também é defendida por outros players do setor. A Suno Asset, gestora do Fiagro SNFZ11, projeta um aumento relevante na receita de locação da Fazenda Coliseu ? seu principal ativo ? impulsionado pela produtividade acima da média da safra de soja 2024/25. Segundo João Vitor Franzin, analista da casa, a produção em Mato Grosso superou a média dos últimos cinco anos, o que deve gerar um bônus adicional sobre o valor mínimo previsto em contrato.

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"Quanto maior a produtividade da fazenda, maior será o valor que o fundo receberá pela locação. E como a produtividade do Estado superou a marca de 65 sacas por hectare, há uma expectativa de bônus no pagamento", afirmou Franzin, em live no canal da Suno Asset.

Na visão do analista, o avanço da produtividade e a adesão crescente de investidores à tese de valorização de terras reforçam a atratividade de longo prazo do segmento. "O investimento em terras no Brasil tem sido extremamente lucrativo. Quando comparamos com o CDI ou com a própria Bolsa nos últimos 15 anos, a valorização foi maior", disse.

Este material foi elaborado exclusivamente pelo Suno Notícias (sem nenhuma participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo nenhum tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco. Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.

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