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Itália e França dizem que é prematuro assinar acordo comercial UE-Mercosul

Preocupação principal é com o setor agrícola. Em discurso na Câmara dos Deputados da Itália, Meloni afirmou que o governo italiano sempre deixou claro que o acordo precisa ser benéfico para todos os setores, com atenção especial às preocupações dos agricultores. Segundo ela, seria "prematuro" assinar o tratado antes da conclusão de um pacote adicional de medidas de proteção ao setor agrícola.

Meloni exige reciprocidade e garantias. A premiê destacou que o acordo precisa oferecer garantias adequadas de reciprocidade para os produtores rurais europeus. "Devemos esperar até que essas medidas sejam finalizadas e, ao mesmo tempo, explicá-las e discuti-las com nossos agricultores", afirmou.

França cobra salvaguardas mais duras. A França também exige mecanismos mais rigorosos, como as chamadas "cláusulas de espelhamento", que obrigariam produtos do Mercosul a cumprir as normas europeias sobre uso de pesticidas e cloro, além de inspeções sanitárias mais severas.

França questiona padrões sanitários. A porta-voz do governo francês, Maud Bregeon, afirmou que não seria aceitável a entrada na UE de vegetais, carne bovina e frango tratados com substâncias proibidas na França. Defensores do acordo, por sua vez, sustentam que o tratado não substituirá as regras europeias sobre segurança alimentar.

Apesar das críticas, Meloni afirmou que a Itália não pretende bloquear o acordo como um todo. A premiê disse estar confiante de que, no início do próximo ano, todas as condições exigidas poderão ser atendidas.

Expectativa é de assinar acordo em Foz do Iguaçu no sábado. Há a previsão de que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, viaje ao Brasil no fim desta semana para assinar o acordo, fechado há um ano após 25 anos de negociações entre a UE e o bloco formado por Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai.

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